Balaão foi um profeta midianita que morava em Petor, uma cidade na Mesopotâmia e foi contratado por Balaque, rei de Moabe, para amaldiçoar Israel, mas em vez disso Deus o obrigou a abençoar em vez de amaldiçoar o povo escolhido.
História de Balaão
No tempo da migração do povo de Israel para a terra de Canaã, o rei moabita, Balaque, temendo o crescimento do povo israelita, enviou a Mesopotâmia um pedido ao adivinho Balaão que viesse os amaldiçoasse. Balaque esperava que a maldição de Balaão garantisse a derrota de Israel (Números 22:1-6).
Balaão responde que ele só pode fazer o que o Senhor manda, e Deus, através de um sonho noturno, disse-lhe para não ir. Balaque consequentemente envia sacerdotes de maior reputação e oferece honras a Balaão; Balaão continua a pressionar Deus, e Deus finalmente permite que ele vá, mas com instruções para dizer apenas o que ele ordenasse.
A jumenta de Balaão
Pela manhã, quando Balaão parte ao encontro de Balaque, Deus fica irado e envia seu anjo para impedi-lo (Números 22:22). No início, o anjo é visto apenas pela jumenta em que Balaão está andando, esta desvia-se do caminho tentando evitar o anjo. Ao avistar o anjo pela terceira vez, a jumenta recusa-se a andar e Balaão a puni. Milagrosamente, a jumenta começa a falar com Balaão queixando-se da punição (Números 22:28).
Neste ponto, Balaão tem permissão para ver o anjo, que o informa que a decisão da jumenta de não prosseguir no caminho errado é o único motivo pelo qual o anjo não matou Balaão. Balaão imediatamente se arrepende e decide votar, mas o anjo mande que ele continuei e diga a Balaque apenas o que Deus lhe ordenar.
Balaão abençoa a Israel
Ao chegar em Moabe, Balaque levou Balaão a um lugar onde ele podia ver a vastidão do campo israelita. Seu propósito era convencer Balaão de que os israelitas eram uma séria ameaça.
Mas Deus havia avisado Balaão para falar apenas as palavras que Deus lhe disse para falar. Balaão obedeceu e, em vez de anunciar uma maldição sobre Israel, anunciou uma benção (Números 22:35,41; 23:1-12).
Decepcionado com este resultado, Balaque levou Balaão para outro lugar, onde ele conseguiu uma visão melhor e, assim, fosse persuadido a pronunciar uma maldição destrutiva. Mas Balaão anunciou uma bênção sobre Israel (Números 23:13-26).
Uma terceira tentativa, de um terceiro lugar, trouxe mais benção (Números 23:27; 24:1-9). Balaque, com raiva, descartou Balaão, mas em resposta, Balaão anunciou mais uma longa bênção sobre Israel (Números 24:10-25).
O plano de Balaão
No entanto, Balaão também estava bravo. Seu fracasso em amaldiçoar de Israel significava que ele não receberia o pagamento de Balaque que ele queria tanto. Ele, portanto, decidiu ter um plano próprio.
Este plano não tinha nada a ver com benção ou maldição, mas Balaão esperava que isso pudesse trazer destruição a Israel e assim ganhar a recompensa de Balaque. Ele usou as mulheres estrangeiras para seduzir homens israelitas, e logo o campo israelita era uma cena de imoralidade e idolatria generalizadas.
Quando Deus enviou uma praga que matou vinte quatro mil, Balaão deve ter pensado que seu plano estava funcionando, mas a ação rápida do sacerdote israelita Fineias salvou Israel (Números 25:1-9; 31:16) .
Morte
Deus ordenou a Moisés que se vingasse do crime de Balaão. Ele declarou a guerra contra os midianitas, matou cinco de seus príncipes e um grande número de outras pessoas sem distinção de idade ou sexo, entre os quais o próprio Balaão (Josué 13:22).
Doutrina de Balaão
No Novo Testamento, os escritores compararam falsos mestres de seu tempo com Balaão. Como Balaão, tais mestres se preocupavam unicamente com o ganho pessoal, mesmo que seus ensinamentos fossem prejudiciais moral e religiosamente ao povo de Deus (2Pedro 2:14-16, Judas 1:10-11).
Eles encorajaram o povo de Deus a se juntarem às práticas idólatras e a se envolverem em comportamentos imorais (Apocalipse 2:14-15).
Deus assegurou aos que seguiram o caminho de Balaão que estariam indo para a destruição, mas prometeu à aqueles que resistiam que gostariam da recompensa que receberiam (Numeros 2:15-17, compare com Números 25:10-13).
Balaão conheceu a Deus?
Balaão era provavelmente um descendente de Sem, e possuía muitas ideias do Deus verdadeiro. Ele o chama “o Senhor meu Deus” (Números 22:18), e, no entanto, ele parece ter sido apenas um encantador e falso profeta, como muitos nos tempos dos reis de Israel, até que ele entrou em conflito com o povo de Deus.
Nesse evento, ele foi levado contra a sua própria vontade para entregar a mensagem do SENHOR; No entanto, seu coração permaneceu inalterado, e ele não teve uma morte honrada (Números 31:8; Josué 13:22).
Significado do nome
Em hebraico Bilʻam, há dois significados possíveis para o nome Balaão: “senhor das pessoas” e “destruição do povo”. No inglês e espanhol o nome é traduzido para Balaam.
Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary e Wikipedia.