O bezerro era comumente usado em sacrifícios, e por isso é frequentemente mencionados nas Escrituras. O “bezerro cevado” era considerado o melhor alimento animal; era também frequentemente oferecido como um sacrifício especial (1Samuel 28:24; Amós 6:4; Lucas 15:23). As palavras usadas em Jeremias 34:18-19, “cortar o bezerro em dois”, alude ao costume de dividir um sacrifício em duas partes, entre as quais as partes ratificantes de um pacto passavam (Gênesis 15:9-10,17-18). O sacrifício dos lábios, ou seja, o louvor, é chamado “ofereceremos nossos lábios como bezerros” (Oséias 14:2. Comp. Hebreus 13:15; Salmo 116:7; Jeremias 33:11).
O bezerro e a idolatria
O bezerro de ouro que Arão fez (Êxodo 32:4) provavelmente era uma cópia do deus Moloque e não do deus Apis, o boi sagrado ou bezerro do Egito. Os judeus mostraram durante toda a sua história uma tendência para a idolatria babilônica e cananéia ao invés de para a do Egito.
Tempos depois disso, Jeroboão, rei de Israel, constituiu dois bezerros ídolos, um em Dã, e outro em Betel, para assim impedir que as dez tribos recorressem a Jerusalém para adorar (1Reis 12:28). Estes bezerros continuaram sendo um laço para o povo até o momento de seu cativeiro. O bezerro de Dã foi levado no reinado de Peca por Tiglate-Pileser, e o de Betel dez anos depois, no reinado de Oseias, por Salmanaser (2Reis 15:29; 17:33). Este pecado de Jeroboão é quase sempre mencionado junto com o seu nome (2Reis 15:28, etc.).
Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary (Calf).