Em 90 d.C os importantes judeus se reuniram para definir questões doutrinárias sobre a fé judaica, pois temiam que a nova “seita” (cristianismo) influenciasse o judaísmo, assim no Concílio de Jamnia, como é chamado, foram definidos quais seriam os livros que fariam parte da Bíblia Hebraica (Tanakh), só entraram no cânon os livros que tivessem sido escritos na língua hebraica, dentro dos limites da Terra Santa e até o período de Esdras (mais ou menos 450 a.C.). Os livros que haviam sido escritos depois de Esdras (Acréscimos em Daniel, Baruc, Eclesiástico, Livro de Judite, I Macabeus, II Macabeus, Livro de Tobias e Sabedoria) não entraram na Bíblia Hebraica e passaram a ser considerados como Deuterocanônicos a Bíblia Hebraica possui os mesmo livros que o Antigo Testamento da Bíblia Protestante (evangélica). Porém, em 397 d.C. quando aconteceu o Concílio de Cartago III foi publicado o cânon da Bíblia Sagrada (Antigo e Novo Testamento) com incluindo os livros chamados pelos judeus como Deuterocanônicos. Alguns anos depois (405 d.C) este cânon foi traduzido para o latim (Vulgata) por uma padre chamado Jerônimo e passou a ser muito utilizado pela Igreja Católica. Porém, durante a reforma protestante (século 16) Martinho Lutero questionou a verdadeira inspiração de alguns livros que compunham o cânon católico e acabou tirando da sua tradução alemã publicada em 1534 os livros que os judeus tinham como deuterocanonicos. Em contra-partida a Igreja Católica, no ano 1546 no Concílio de Trento reafirmou a inspiração do cânon católico. Assim a Bíblia Católica ficou com 73 livros e a Bíblia Protestante (evangélica) com 66 livros.