A antiga objeção contra a doutrina da salvação pela graça, que elimina a necessidade de boas obras e diminui a sua importância (Romanos 6), embora tenha sido respondido mil vezes, ainda é alegada por muitos. Eles dizem que se os homens não são salvos pelas obras, então as obras não são necessárias. Se o mais moral dos homens é salvo da mesma forma que o maior dos pecadores, então as boas obras não têm nenhum sentido. E mais do que isso, se a graça de Deus é mais claramente demonstrada na salvação do mais vil dos homens, então os piores homens são os melhores.
A objeção não tem validade. O evangelho da salvação pela graça mostra que são necessárias boas obras. É verdade, imutávelmente verdade, que sem santidade ninguém verá o Senhor. “Nem adúlteros, nem ladrões, nem cobiçosos, nem bêbados” herdarão o reino de Deus.
As obras são “boas” somente quando, (1) elas brotam do princípio do amor a Deus. O caráter moral de um ato é determinado pelo princípio moral que o impulsiona. A fé e amor no coração são os elementos essenciais de toda a verdadeira obediência. Portanto, as boas obras apenas brotam de um coração crente, só podem ser realizadas por alguém reconciliado com Deus (Efésios 2:10, Tiago 2:18-22). (2) As boas obras têm como objetivo a glória de Deus; e (3) têm a vontade revelada de Deus como sua única regra (Deuteronômio 12:32; Apocalipse 22:18-19).
As boas obras dos crentes mais sinceros são todas imperfeitas, mas, assim como eles, são aceitas através da mediação de Jesus Cristo (Colossenses 3:17), e são recompensadas; elas não têm mérito intrínseco, mas são recompensadas inteiramente pela graça.
Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary.