O Codex Sinaiticus, geralmente é designado pela primeira letra do alfabeto hebraico (א), é um dos mais valiosos manuscritos antigos do Novo Testamento grego. Foi descoberto pelo Dr. Tischendorf durante uma terceira visita ao convento de Santa Catarina, no Monte Sinai, em 1859. Ele tinha em uma visita anterior, em 1844, obtido quarenta e três folhas de pergaminho da LXX, que depositou na biblioteca universitária de Leipsic, sob o título de Códice Frederico – Augusto, em homenagem ao seu patrono real, o rei da Saxônia. No mesmo ano, o imperador da Rússia o enviou para prosseguir com a busca de manuscritos, os quais ele estava convencido de que ainda existiam no convento do Sinai. A história de sua descoberta do manuscrito do Novo Testamento desperta o interesse de um romance. Ele chegou ao convento no dia 31 de janeiro, mas suas buscas pareceram improdutivas. No dia 4 de fevereiro ele havia resolvido voltar para casa sem ter conseguido seu objetivo. “Naquele dia, ao caminhar com o guardião do convento, falou com muito tristeza de seu insucesso. Ao voltar de seu passeio, Tischendorf acompanhou o monge ao seu quarto, e ali seu companheiro lhe mostrou o que chamava de cópia da LXX., que ele, o irmão desconhecido, possuía, o manuscrito estava embrulhado em um pedaço de pano, e ao ser desenrolado, para surpresa e alegria do crítico, o próprio documento se apresentou, o qual ele havia perdido a esperança de ver. Seu objetivo era completar a fragmentária Septuaginta de 1844, que ele havia declarado ser o mais antigo de todos os códices gregos em velino que existem; mas ele encontrou não só isso, mas uma cópia do Novo Testamento grego, da mesma idade, e perfeitamente completa, não faltando uma única página ou parágrafo”. Depois de algumas negociações, Tischendorf obteve a posse desse manuscrito, e o encaminhou ao Imperador Alexandre, que compreendeu plenamente sua importância, e fez com que fosse publicado o mais rápido possível em fac-símile, de forma a apresentar corretamente a antiga caligrafia. O códice inteiro consiste de 346,5 fólios (folhas). Destes, 199 pertencem ao Antigo Testamento e 147,5 ao Novo, junto com dois documentos antigos chamados A Epístola de Barnabé e o Pastor de Hermas. Os livros do Novo Testamento estão assim: os quatro Evangelhos, as epístolas de Paulo, os Atos dos Apóstolos, as Epístolas Católicas, o Apocalipse de João. Tischendorf mostra que este códice foi escrito no século IV, e portanto tem aproximadamente a mesma idade do códice Vaticano; mas enquanto este último falta a maior parte de Mateus e folhas diversas aqui e ali, o Sinaiticus é a única cópia do Novo Testamento em caracteres unciais que está completa. É, portanto, a mais antiga cópia existente do Novo Testamento. Tanto o Vaticano quanto os códices do Sinai foram provavelmente escritos no Egito.
Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary (Sinaiticus codex).