Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs contra mim por vinte e um dias; e eis que Miguel, um dos principais chefes, veio para me ajudar, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia.
Comentário de A. R. Fausset
Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs contra mim – o anjo das trevas que representava o poder mundial persa, ao qual Israel estava então sujeito, resistiu ao anjo que estava vindo para aliviar Daniel, como representante do povo de Deus, Israel. Este versículo explica por que, embora as “palavras de Daniel fossem ouvidas desde o primeiro dia” (Daniel 10:12), o anjo bom não veio até ele até que mais de três semanas se passassem (Daniel 10:4).
vinte e um dias – correspondendo às “três semanas completas” de luto de Daniel (Daniel 10:2).
e eis que Miguel, um dos principais chefes – ou seja, “Miguel,” ‘Quem é como Deus?’ Embora seja um arcanjo e “um dos principais príncipes,” Miguel não pode ser comparado a Deus.
veio para me ajudar – Miguel, como patrono de Israel perante Deus (Daniel 10:21; Daniel 12:1), “ajudou” a influenciar o rei persa a permitir o retorno dos judeus a Jerusalém.
e eu fiquei ali – fui detido ali com os reis da Pérsia – ou seja, com o anjo dos governantes persas, com quem tive que contender, e de quem não teria me libertado sem a ajuda de Miguel. Gesenius traduz [nowtartiy, de yaatar], ‘Eu obtive a ascendência’ – ou seja, eu consegui meu objetivo contra o anjo adverso da Pérsia, de modo a influenciar as autoridades persas a favorecer a restauração de Israel. O hebraico admite esta tradução, assim como a da versão em português, e o sentido decididamente a favorece. [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.