E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, sonhou Nabucodonosor sonhos, e seu espírito se perturbou, de modo que perdeu o sono.
Comentário de A. R. Fausset
segundo ano de… Nabucodonosor – Daniel 1:5 mostra que “três anos” haviam se passado desde que Nabucodonosor havia tomado Jerusalém. A solução dessa dificuldade é: Nabucodonosor primeiro governou como subordinado a seu pai Nabopolassar, ao qual o primeiro capítulo se refere (Daniel 1:1); enquanto que “o segundo ano” no segundo capítulo é datado de sua soberania exclusiva. A dificuldade é uma prova de genuinidade; tudo ficou claro para o escritor e os leitores originais de seu conhecimento das circunstâncias, e assim ele não acrescenta nenhuma explicação. Um falsificador não apresentaria dificuldades; o autor não viu qualquer dificuldade no caso. Nabucodonosor é chamado de “rei” (Daniel 1:1), por antecipação. Antes de deixar a Judéia, tornou-se rei pela morte de seu pai, e os judeus sempre o chamavam de “rei”, como comandante do exército invasor.
sonhos – É significativo que não para Daniel, mas para o então governante mundial, Nabucodonosor, o sonho é concedido. Foi a partir do primeiro dos seus representantes que conquistou a teocracia, que o poder mundial deveria aprender a sua desgraça, para ser por sua vez subjugado e para sempre pelo reino de Deus. À medida que essa visão se abre, de modo que no sétimo capítulo desenvolvendo a mesma verdade mais completamente, fecha a primeira parte. Nabucodonosor, como vice-regente de Deus (Daniel 2:37; compare com Jeremias 25:9; Ezequiel 28:12-15; Isaías 44:28; 45:1; Romanos 13:1), é honrado com a revelação na forma de um sonho, a forma apropriada para alguém fora do reino de Deus. Assim, nos casos de Abimeleque, Faraó, etc. (Gênesis 20:3; 41:1-7), especialmente quando os pagãos atribuíam tamanha importância aos sonhos. Ainda não é ele, mas um israelita, que interpreta isso. O paganismo é passivo, Israel ativo, nas coisas divinas, de modo que a glória redunda para “o Deus do céu”. [Fausset, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.