Escrivão da cidade

Escrivão da cidade aparece na Bíblia apenas em Atos 19:35: “quando o escrivão da cidade acalmou a multidão”. Segundo Cremer, o termo se refere a um “servidor público entre os gregos, encarregado da leitura de documentos legais e oficiais” (Lexicon of the New Testament). No entanto, a função variava bastante entre as cidades da Grécia e da Ásia Menor. Entre os gregos, os grammateis eram geralmente escravos, ou pelo menos pessoas pertencentes às classes sociais mais baixas, e sua função era nominal, quase mecânica. Já na Ásia Menor (como em Éfeso), esses escrivães tinham grande importância. Eles supervisionavam os arquivos da cidade, redigiam os decretos oficiais e tinham a função exclusiva de lê-los em público. Eram mencionados em inscrições e moedas da cidade, o que mostra sua posição de destaque. Um escriba grego comum ficaria surpreso com o respeito e a autoridade que seus colegas asiáticos recebiam na administração pública. [Adaptado de Henry E. Dosker, Orr, 1915]