Quando eu ao justo: Certamente viverá, e ele, confiante em sua justiça, passar a praticar perversidade, todas suas justiças não serão lembradas, mas na perversidade que fez, por ela morrerá.
Comentário de C. M. Cobern
(10-20) O povo deixou de se desculpar, e agora “definham” em total desespero por causa de seus pecados. Em seguida, o profeta reafirma para seu conforto os princípios do governo moral de Deus, que ele havia anunciado anteriormente para condená-los do pecado (Ezequiel 18:23-32). Eles realmente pecaram, mas o modo de vida ainda está aberto. Deus não castiga arbitrariamente. Ele deseja que todos os homens se arrependam e vivam, e eles têm poder para fazer isso. É o pecado que traz a morte, e o destino de cada homem é determinado por ele mesmo. Aqui está um esplêndido anúncio da justiça de Deus e da agência moral do homem. Davidson disse que “esta emancipação da alma individual, seja de uma desgraça herdada de uma geração anterior, seja de uma que lhe foi imposta por seu próprio passado maligno, foi talvez a maior contribuição feita por Ezequiel à vida religiosa e ao pensamento de seu tempo”. O pensamento principal, que pretende trazer alívio ao povo agora sem esperança, é que o passado não é irrevogável. Não há dúvida de que Ezequiel pretendia que estes princípios despertassem uma esperança tanto nacional quanto individual. A vida da nação, como a do indivíduo, depende de sua atitude em relação à retidão. A “vida”, segundo o profeta, não significava mera existência; mas continha um elemento espiritual. (Veja Ezequiel 20:11, etc.) Nenhuma nação ou indivíduo poderia realmente viver quem não estivesse fazendo justiça, amando a misericórdia e andando humildemente com Deus. Contudo, dizeis (Ezequiel 33:17; Ezequiel 33:20) – Não no mesmo espírito que Ezequiel 18:23; Ezequiel 18:29. Eles então disseram que sua hereditariedade e sua conexão com a nação, não suas transgressões pessoais, eram os culpados por seu cativeiro e outras calamidades, mas agora (Ezequiel 33:10) eles reconhecem: “Nossas transgressões e nossos pecados estão sobre nós” (R.V.). O profeta procura mostrar que em seu desespero eles estão agora fazendo a mesma acusação maligna contra Jeová, negando seu poder de tirá-los de seus pecados e problemas, o que eles tinham feito anteriormente, negando que seus problemas eram a conseqüência de seus pecados. [Cobern, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.