Gálatas 4:21

Respondei-me vós, que quereis estar sob a Lei: não ouvis a Lei?

Comentário A. R. Fausset

desejo – de sua própria vontade, loucamente cortejando aquilo que deve condenar e arruinar você.

Não sabeis vós não considerais o sentido místico das palavras de Moisés? (Grotius) A própria lei envia você para longe de si mesmo para Cristo (Estius). Depois de ter mantido suficientemente seu ponto por argumento, o apóstolo confirma e ilustra isto por uma exposição alegórica inspirada de fatos históricos, contendo neles leis e tipos gerais. Talvez sua razão para usar a alegoria fosse confundir os judaizantes com suas próprias armas: interpretações subtis, místicas e alegóricas, não autorizadas pelo Espírito, eram seus argumentos favoritos, como os rabinos nas sinagogas. Compare o Talmud de Jerusalém [Tractatu Succa, cap. Hechalil]. Paulo os encontra com uma exposição alegórica, não o trabalho de fantasia, mas sancionado pelo Espírito Santo. A história, se adequadamente compreendida, contém em seus fenômenos complicados, leis divinas simples e continuamente recorrentes. A história do povo eleito, assim como suas ordenanças legais, tinha, além do literal, um significado típico (compare 1Coríntios 10:1-4; 1Coríntios 15:45, 47; Apocalipse 11:8). Assim como o extra-ordinariamente nascido Isaque, o dom da graça de acordo com a promessa, suplantou, além de todos os cálculos humanos, o Ismael nascido naturalmente, também a nova raça teocrática, a semente espiritual de Abraão pela promessa, os gentios, também como crentes judeus, estavam prestes a tomar o lugar da semente natural, que imaginava que para eles pertencia exclusivamente ao reino de Deus. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.