As obras da carne são evidentes. São elas: adultério, pecado sexual, impureza, devassidão,
Comentário A. R. Fausset
(19-23) Confirmando Gálatas 5:18 ao mostrar a contrariedade entre as obras da carne e o fruto do Espírito.
evidentes. O princípio carnal e oculto se revela palpavelmente por suas obras, de modo que elas não são difíceis de descobrir e deixam claro que não vêm do Espírito.
São elas. Grego, “tais como”, por exemplo.
adultério – omitido nos manuscritos mais antigos.
pecado sexual – em vez disso, “devassidão”; pode se manifestar em “lascívia”, mas não necessariamente ou constantemente assim (Marcos 7:21-22, onde não está associado a desejos carnais) [Trench].
“Obras” (no plural) são atribuídas à “carne”, porque são divididas e muitas vezes em desacordo umas com as outras, e mesmo quando tomadas uma por uma, denunciam sua origem carnal. Mas o “fruto do Espírito” (Gálatas 5:23) é singular, porque, por mais variados que sejam os resultados, eles formam um todo harmonioso. Os resultados da carne não são dignos do nome “fruto”; são apenas obras (Marcos 7:21-22,Gálatas 5:1315Efésios 5:911). Ele enumera aquelas “obras” carnais (cometidas contra nosso próximo, contra Deus e contra nós mesmos) às quais os gálatas eram mais propensos: e aquelas manifestações do fruto do Espírito mais necessárias para eles (Marcos 7:21-22,Gálatas 5:1315). Este trecho mostra que “a carne” não significa apenas satisfação carnal, em oposição à espiritualidade: porque “divisões” no catálogo aqui não decorrem de prazeres carnais. A identificação do “homem natural (grego, ‘animal-alma’)”, com o homem “carnal” (1Coríntios 2:14), mostra que “a carne” expressa a natureza humana como alheia a Deus. Trench observa, como prova de nosso estado caído, quanto é mais rico o vocabulário em palavras para pecados do que para graças. Paulo enumera dezessete “obras da carne”, apenas nove manifestações do “fruto do Espírito” (compare Efésios 4:31). [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.