Comentário de Joseph Benson
os céus, às vezes significa as estrelas, e às vezes os anjos. Mas, como Moisés não nos dá a entender, no capítulo anterior, de que os anjos foram criados neste tempo, e como Jó 38:6-7, evidentemente implica que eles foram criados antes, eles não parecem estar aqui incluídos. [Benson, 1857]
O primeiro sábado
Comentário de Robert Jamieson
repousou o dia sétimo – não para repousar da exaustão com o trabalho (ver Isaías 40:28), mas cessar de trabalhar, um exemplo equivalente a um mandamento de que também deveríamos cessar de todo tipo de trabalho. [Jamieson; Fausset; Brown]
Comentário de Genebra
abençoou Deus ao dia sétimo, e o santificou. O designou sagrado, para que o homem nele pudesse contemplar a excelência de suas obras e a bondade de Deus para com ele. [Genebra, 1599]
A origem da humanidade
Comentário de Robert Jamieson
Estas são as origens dos céus e da terra – a história ou o relato de sua criação. De onde Moisés obteve este relato tão diferente das ficções pueris e absurdas dos pagãos? Não foi de qualquer fonte humana, pois o homem não existia para testemunhá-lo; nem da luz da natureza ou da razão, pois embora proclamem o poder eterno e a divindade pelas coisas que são feitas, não podem dizer como elas foram feitas. Ninguém senão o próprio Criador poderia dar essa informação, e por isso é pela fé que entendemos que os mundos foram formados pela palavra de Deus (Hebreus 11:3). [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]
Comentário de E. W. Bullinger
Esta é uma expansão de Gênesis 1:11-12. São dadas duas razões pelas quais as plantas do campo ainda não haviam crescido: (1) não chovia e (2) o homem não existia. [Bullinger, 1909]
Comentário de Joseph Benson
subia da terra. Em certos momentos, ao que parece, como Deus designou; um vapor ou névoa – emitida do abismo, que regava toda a face da terra – Não com chuvas, mas com orvalho. Com isso, a terra foi preparada para nutrir as plantas criadas de todos os tipos, e as sementes e raízes delas para que pudessem produzir novas plantas. [Benson, 1857]
Comentário de Carl F. Keil
Formou, pois, o SENHOR Deus ao homem do pó da terra. עָפָר é o acusativo do material empregado (Ewald e Gesenius). O Vav consecutivo imperfeito em Genesis 2:7-9, não indica a ordem do tempo, nem do pensamento; de modo que o significado não é que Deus plantou o jardim no Éden depois que Ele criou Adão, nem que Ele fez as árvores crescerem depois que Ele plantou o jardim e colocou o homem lá. Este último se opõe a Gênesis 2:15; o primeiro é totalmente improvável. O processo de criação do homem é descrito minuciosamente aqui, porque serve para explicar sua relação com Deus e com o mundo ao redor. Ele foi formado de pó (não de limo terrae, de uma massa de terra, pois עפר não é uma massa sólida, mas a parte mais fina do material da terra), e em suas narinas um sopro de vida foi soprado, pelo qual ele se tornou um ser vivo. Portanto, a natureza do homem consiste em uma substância material e um princípio imaterial de vida. “O sopro da vida”, isto é, o sopro que produz a vida, não denota o espírito pelo qual o homem se distingue dos animais, ou a alma do homem daquela dos animais, mas apenas o sopro da vida (compare com 1Reis 17:17). É verdade, נְשָׁמָה geralmente significa a alma humana, mas em Gênesis 7:22 נִשְׁמַת־רוּחַ חַיִּים é usado tanto de homens como de animais; e se alguém explicar isso, com base no fato de que a alusão é principalmente aos homens, e os animais estão ligados por zeugma, ou se ele pressionar a ruach anexada, e deduzir disso o uso de neshamah em relação aos homens e animais, há várias passagens nas quais neshamah é sinônimo de ruach (por exemplo, Isaías 42:5; Jó 32:8; Jó 33:4), ou רוח חיים aplicado a animais (Gênesis 6:17; Gênesis 7:15), ou novamente neshamah usado como equivalente a nephesh (por exemplo, Josué 10:40, compare com Josué 10:28,30,32). Para neshamah, a respiração, πνοή, é “a ruach em ação” (Auberlen). Além disso, o homem formado do pó tornou-se, pelo assoprar do “sopro da vida”, um נֶפֶשׁ חַיָּה, um ser animado e, como tal, um ser vivo; expressão que também se aplica a peixes, pássaros e animais terrestres (Gênesis 1:20 -21,24,30), e não há prova de preeminência por parte do homem. Como נֶפֶשׁ חַיָּה, ψυχὴ ζῶσα, não se refere apenas à alma, mas ao homem todo como um ser animado, então נְשָׁמָה não denota o espírito do homem como distinto do corpo e da alma. Sobre a relação da alma com o espírito do homem, nada pode ser deduzido desta passagem; as palavras, corretamente interpretadas, não mostram que a alma é uma emanação, uma exalação do espírito humano, nem que a alma foi criada antes do espírito e meramente recebeu sua vida dele. A formação do homem a partir do pó e o soprar do sopro da vida não devem ser entendidos em sentido mecânico, como se Deus primeiro construiu uma figura humana a partir do pó e depois, ao soprar Seu sopro de vida na massa de terra que ele havia moldado na forma de um homem, a transformou em um ser vivo. As palavras devem ser entendidas θεοπρεπῶς. Por um ato de onipotência divina o homem surgiu do pó; e no mesmo momento em que o pó, em virtude da onipotência criativa, se moldou em uma forma humana, foi impregnado pelo sopro divino da vida, e criou um ser vivo, de modo que não podemos dizer que o corpo era anterior à alma. O pó da terra é meramente o substrato terrestre, que foi formado pelo sopro da vida de Deus em um ser animado, vivo e auto-existente. Quando se diz: “Deus soprou em suas narinas o fôlego da vida”, é evidente que essa descrição apenas dá destaque ao sinal peculiar da vida, ou seja, a respiração; já que é óbvio que o que Deus soprou no homem não poderia ser o ar que o homem respira; pois não é o que respira, mas simplesmente o que é respirado. Conseqüentemente, respirar pela narina só pode significar que “Deus, por meio de seu próprio fôlego, produziu e combinou com a forma corpórea aquele princípio de vida, que foi a origem de toda a vida humana, e que constantemente manifesta sua existência na respiração inalada e exalada pelo nariz” (Delitzsch). Respirar, no entanto, é comum tanto ao homem quanto ao animal; de modo que este não pode ser o análogo sensorial da vida espiritual super-sensorial, mas simplesmente o princípio da vida física da alma. No entanto, o princípio vital no homem é diferente do animal, e a alma humana da alma dos bichos. Esta diferença é indicada pela forma como o homem recebeu o sopro da vida de Deus, e assim se tornou uma alma vivente. “Os animais surgiram pela palavra criadora de Deus, e nenhuma comunicação do espírito é mencionada mesmo em Gênesis 2:19; a origem de sua alma era coincidente com a de sua corporeidade, e sua vida era apenas a individualização da vida universal, com o qual toda a matéria foi preenchida no princípio pelo Espírito de Deus.
Por outro lado, o espírito humano não é uma mera individualização do sopro divino que soprou sobre a matéria do mundo, ou do espírito universal da natureza; nem é seu corpo meramente uma produção da terra quando estimulada pela palavra criadora de Deus. A terra não produz seu corpo, mas o próprio Deus põe Sua mão na obra e o forma; nem a vida já dada ao mundo pelo Espírito de Deus se individualiza nele, mas Deus sopra diretamente nas narinas de um homem, em toda a plenitude de sua personalidade, o fôlego de vida, que de uma maneira correspondente a personalidade de Deus, ele pode tornar-se uma alma vivente (Delitzsch). Este foi o fundamento da preeminência do homem, de sua semelhança com Deus e sua imortalidade; pois assim ele foi formado em um ser pessoal, cuja parte imaterial não era apenas alma, mas uma alma soprada inteiramente por Deus, pois espírito e alma foram criados juntos por inspiração de Deus. Assim como a natureza espiritual do homem é descrita simplesmente pelo ato de respirar, que é discernível pelos sentidos, assim nome que Deus lhe dá (Gênesis 5:2) é fundamentado no lado terreno de seu ser: Adão, de אדמה (adamah), terra, o elemento terroso, como o homo do humus, ou de χαμά, χαμαί, χαμᾶθεν, para protegê-lo da auto-exaltação, não da cor vermelha de seu corpo, pois esta não é uma característica distintiva do homem, mas comum a ele e a muitas outras criaturas. [Keil, 1861-2]
O Jardim do Éden
um jardim no Éden ao oriente. Provavelmente na região da Mesopotâmia.
Comentário de M. G. Easton
árvore da vida. Alguns escritores argumentaram que esta árvore tinha alguma virtude secreta, que era adequada para preservar a vida. Provavelmente a lição transmitida era que a vida devia ser buscada pelo homem, não em si mesmo ou em seu próprio poder, mas de fora, dAquele que é enfaticamente a vida (Jo 1:4; 14:6). Em Provérbios 3:18 a sabedoria é comparada à árvore da vida.
A árvore da vida mencionada no Livro do Apocalipse (Apocalipse 2:7; 22:2,14) é um emblema das alegrias do paraíso celestial. [Easton, 1893]
Comentário Ellicott
E saía do Éden um rio. Da grande região da qual o jardim fazia parte. Os tempos são presentes, como se as principais características da região se mantivessem inalteradas: “um rio sai do Éden, e dali, fora dele, se separa, e se transforma em quatro ramificações”. A ideia é a de um riacho que nasce no Éden e corre através do Paraíso, e a alguma distância fora dele, se divide em quatro grandes rios. Isto fez muitos suporem que o lugar do Paraíso fosse no Golfo Pérsico, numa região agora submersa; e as lendas babilônicas o colocam ali, no Eridu, na junção do Tigre e do Eufrates. Os outros dois rios supõem terem sido o Indo e o Nilo, representados pelas duas costas do Golfo Pérsico. Sir H. Rawlinson sugeriu a província babilônica de Gan-duniyas, onde quatro rios podem ser encontrados; mas em nenhum dos casos a arca poderia ter flutuado contra a corrente da inundação até as regiões montanhosas da Armênia. [Ellicott, 1905]
Comentário de M. G. Easton
Pisom. Alguns o identificam com o atual Rioni, outros com os Quizil-Irmaque, outros o Jorak ou o Acampis, outros o Jaab, o Indo, o Ganges, etc.
Havilá. A questão da localidade desta região deu origem a uma grande diversidade de opiniões. Talvez possa ser identificado com o espaço arenoso que contorna a Babilônia ao longo de toda a fronteira ocidental, estendendo-se desde o baixo Eufrates até as montanhas de Edom. [Easton, 1896]
Comentário de M. G. Easton
bdélio. O bdélio era provavelmente uma goma aromática, como o bálsamo, que destilava de uma determinada árvore (Borassus flabellifer) ainda encontrada na Arábia e na Índia. Ele tem uma semelhança de cor com a mirra. Outros pensam que a palavra singifica pérolas, ou alguma pedra preciosa. [Easton, 1896]
Comentário Cambridge
Giom. Este rio não é mencionado novamente com o mesmo nome na Bíblia. Ele não deve ser confundido com o Giom de 1 Reis 1:33, uma nascente próxima a Jerusalém. Está aqui descrito como rodeando “toda a terra de Cuxe”. “Cuxe” na Bíblia geralmente significa Etiópia; e por Etiópia pretende-se a Núbia, o Sudão, e Alto Egito, uma grande região regada pelo Nilo, compare com Isaías 18:1. Portanto, parece muito provável que o Giom aqui signifique o Nilo. O Nilo é geralmente chamado na Bíblia ye’or (compare com Gênesis 41:1), e algumas vezes Sior (Isaías 23:3; Jeremias 2:18). [Cambridge, 1921]
o nome do terceiro rio é Tigre. Em algumas traduções, o rio é chamado de Hidéquel, do original hebraico chiddeqel. Tigre vem da designação dada pela Septuaginta (LXX).
Comentário de Adam Clarke
pôs no jardim de Éden, para que o lavrasse e o guardasse. Horticultura, ou jardinagem, é o primeiro tipo de emprego registrado, e aquilo em que o homem estava envolvido, quando estava em um estado de perfeição e inocência. Embora se possa supor que o jardim pudesse produzir todas as coisas espontaneamente, como toda a superfície vegetal da terra certamente fez na criação, no entanto, a preparação e o cultivo foram necessários para preservar os diferentes tipos de plantas e vegetais em sua perfeição e para reprimir a crescimento excessivo. Mesmo em estado de inocência, não podemos conceber que o ser humano pudesse ter sido feliz se estivesse inativo. Deus deu-lhe trabalho para fazer e o seu trabalho contribuiu para a sua felicidade, pois a estrutura do seu corpo, assim como da sua mente, prova claramente que ele nunca foi destinado a uma vida meramente contemplativa. [Clarke]
Comentário Cambridge
Aqui, como em Gênesis 1:29, o homem recebe uma ordem para comer o fruto das árvores; mas essa ordem tem uma limitação especial. [Cambridge]
Comentário de Robert Jamieson
não comerás dela; porque no dia que dela comeres, morrerás. Nenhuma razão foi apontada para a proibição, mas a morte seria o castigo pela desobediência. Uma ordem positiva como essa não era apenas a mais simples e fácil, mas a única prova à qual a fidelidade deles poderia ser exposta. [Jamieson; Fausset; Brown]
A criação da mulher e a instituição do matrimônio
Comentário Whedon
Não é bom que o homem esteja só. Ele foi criado para ser um ser social, capaz de manter relações com outros seres como ele, assim como com Deus e os anjos.
farei para ele ajuda idônea para ele. No original hebraico, farei para ele um ajudante como diante dele, כנגדו, correspondente a ele – isto é, um companheiro apropriado; alguém que possa ajudá-lo em seus trabalhos, compartilhar seus conselhos e retribuir seus sentimentos. [Whedon]
Leia também um estudo sobre a mulher.
Comentário de Robert Jamieson
Deus…trouxe-os a Adão. Não todos os animais que existem, mas aqueles que estão principalmente nas suas imediações, para serem subordinados ao seu uso.
Adão chamou aos animais viventes, esse é seu nome. Sua capacidade de percepção e inteligência foi sobrenaturalmente ampliada para conhecer as características, hábitos e usos de cada espécie que foi trazida a ele. [Jamieson; Fausset; Brown]
Comentário de Robert Jamieson
mas para Adão não achou ajuda que estivesse idônea para ele. O propósito dessa cena singular era mostrar a ele que nenhum dos seres vivos que ele via estava ao mesmo nível que ele, e que, enquanto cada classe vinha com seu companheiro da mesma natureza, forma e hábitos, apenas ele não tinha companhia. Além disso, ao dar-lhes nomes, ele foi levado a exercer seus poderes de fala e a se preparar para as relações sociais com seu parceira, uma criatura ainda a ser formada. [JFU]
Comentário de Robert Jamieson
cair sonho (“profundo”, em algumas traduções). Provavelmente um êxtase ou transe como o dos profetas, quando tiveram visões e revelações do Senhor, pois toda a cena foi provavelmente visível à compreensão de Adão, e por isso sua exclamação arrebatadora.
tomou uma de suas costelas. “Ela não foi feita de sua cabeça para superá-lo, nem de seus pés para ser pisada, mas de seu lado para ser igual a ele, e perto de seu coração para ser querida por ele.” [Jamieson; Fausset; Brown]
Comentário de Robert Jamieson
E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, fez uma mulher. A palavra traduzida por “fez” no original hebraico é “construiu” – isto é, implica habilidade extraordinária, cuidado e gosto no plano e proporções da estrutura; e a preposição significa transformar uma coisa em outra: de modo que a tradução literal da passagem é, “a costela que o Senhor Deus tirou do homem que formou em mulher”.
Uma opinião absurda foi apoiada por muitos, de que Adão foi criado uma criatura andrógina ou composta que compreende em sua própria pessoa ambos os sexos. Adão foi criado física e intelectualmente como um homem perfeito; mas a mulher, sua contraparte, foi uma formação posterior. [JFU]
Comentário de Carl F. Keil
(23-25) O propósito de Deus na criação da mulher é percebido por Adão, assim que desperta, quando a mulher é trazida a ele por Deus. Sem uma revelação de Deus, ele descobre na mulher “osso dos seus ossos e carne da sua carne”. As palavras, “isto é agora (הַפַּעַם literalmente, desta vez) osso dos meus ossos”, etc, são expressivas de espanto alegre na companheira adequada, cuja relação consigo mesmo ele descreve nas palavras, “ela será chamada Mulher, pois ela é tirada do homem”. אִשָּׁה é bem traduzido por Lutero, “Männin” (um homem do sexo feminino), como o antigo latim vira de vir. As palavras que se seguem, “portanto deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma carne”, não devem ser consideradas como de Adão, primeiro por causa do עַל־כֵּן, que é sempre usado em Gênesis, com exceção de Gênesis 20:6; Gênesis 42:21, para introduzir comentários do escritor, quer de caráter arqueológico, quer de caráter histórico, e, segundo, porque, ainda que Adão ao ver a mulher tivesse proferido enunciado profético sobre sua percepção do mistério do casamento, não poderia com propriedade, ter falado de pai e mãe. São as palavras de Moisés, escritas para trazer à tona a verdade incorporada no fato registrado como um resultado divinamente designado, para exibir o casamento como a mais profunda unidade corporal e espiritual do homem e da mulher, e para manter a monogamia diante dos olhos do povo de Israel como a forma de casamento ordenada por Deus. Mas como as palavras de Moisés, elas são a expressão da revelação divina; e Cristo poderia citá-los, portanto, como a palavra de Deus (Mateus 19:5). Pelo deixar do pai e da mãe, que se aplica tanto à mulher quanto ao homem, a união conjugal se mostra uma unidade espiritual, uma comunhão vital de coração e de corpo, na qual encontra sua consumação. Esta união é de natureza totalmente diferente daquela de pais e filhos; portanto, o casamento entre pais e filhos é inteiramente oposto à ordenança de Deus. O próprio casamento, apesar de exigir a partida do pai e da mãe, é um santo compromisso de Deus; portanto, o celibato não é um estado superior ou mais santo, e a relação dos sexos para um homem puro e santo é uma relação pura e santa. Isso é mostrado em Gênesis 2:25: “Ambos estavam nus עֲרוּמִּים, com dagesh no מ, é uma forma abreviada de עֵירֻמִּים Gênesis 3:7, de עוּר para despir), o homem e sua esposa, e não se envergonharam”. Seus corpos foram santificados pelo espírito que os movia. A vergonha entrou primeiro com o pecado, que destruiu a relação normal do espírito com o corpo, excitando tendências e luxúrias que guerreavam contra a alma e transformando a sagrada ordenança de Deus em impulsos sensuais e luxúria da carne. [Keil, 1861-2]
Comentário de S. R. Driver
Aqui temos o comentário do narrador, explicativo do costume posterior existente (compare com Gênesis 10:9, Gênesis 22:14b, Gênesis 32:32).
Portanto – em outras palavras, porque o homem e a mulher eram originalmente um e, portanto, essencialmente pertencem um ao outro – deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se achegará à sua mulher, e serão uma só carne: o apego entre eles se torna maior e a união mais próxima, mesmo do que entre pais e filhos. O casamento, e sobretudo o casamento monogâmico, é assim explicado como consequência direta de uma relação estabelecida pelo Criador. Compare com Mateus 19:4-6 (Marcos 10:6-8); 1Coríntios 6:16, 11:8-12; Efésios 5:28-33; 1Timóteo 2:12-14.
[eles] serão. Septuaginta, os dois, daí Mateus 19:5, Marcos 19:8, 1Coríntios 6:16. [Driver, 1904]Comentário Whedon
não se envergonhavam. Pois onde não há pecado, mas uma consciência celestial de perfeita inocência, não pode haver sentimento de vergonha. [Whedon, 1874]
Visão geral do Gênesis
Em Gênesis 1-11, “Deus cria um mundo bom e dá instruções aos humanos para que possam governar esse mundo, mas eles cedem às forças do mal e estragam tudo” (BibleProject). (8 minutos)
Em Gênesis 12-50, “Deus promete abençoar a humanidade rebelde através da família de Abraão, apesar das suas falhas constantes e insensatez” (BibleProject). (8 minutos)
Leia também uma introdução ao livro do Gênesis.
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles – fevereiro de 2018.