Assim, pois, não me enviastes vós aqui, mas sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e por senhor de toda sua casa, e por governador de toda a terra do Egito.
Comentário de Robert Jamieson
não me enviastes vós aqui, mas sim Deus. Esta declaração não deve ser interpretada de forma mais rigorosa do que o teor geral da história permite – certamente não como se implicasse que a ação dos irmãos em sequestrarem cruelmente José foi necessária por uma influência direta e impositiva sobre suas mentes. A forte forma com que declaração foi feita deve ser atribuída às circunstâncias especiais do falante; e o significado subjacente à expressão é evidentemente este – Que como nada, seja grande ou pequeno, importante ou trivial, pode acontecer sem a vontade de Deus, Sua sabedoria e providência ordenaram uma série de circunstâncias, de modo que indivíduos maus e malignos, sujeitos à Sua influência, foram induzidos a cometer o crime de vender José.
que me pôs por pai de Faraó [‘aab] – pai do rei; seu vizir. (Assim como Hamã é chamado de deuteros pater de Artaxerxes – Septuaginta, Ester 3:20). Compare também com o título turco Atabek, ou seja, pai-príncipe, e Lala, pai, referindo-se ao vizir (Gesenius). Mas a expressão, conforme ilustrado pelo teor da história e pelo uso dos escritores inspirados (Jó 29:16; Salmo 68:6; Isaías 22:21), significa não apenas vizir, mas provedor, benfeitor. [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.