E houve resplendor como o da luz; raios brilhantes saíam de sua mão; e ali sua força estava escondida.
Comentário de A. R. Fausset
E houve resplendor como o da luz — ou seja, do sol (Jó 37:21, “A luz brilhante que está nas nuvens” — isto é, a luz do sol; Provérbios 4:18).
e ali sua força estava escondida — “ali”, enfático: naquele “brilho”. Nele, apesar de seu esplendor, havia apenas o véu (“o esconderijo”) de seu poder. Até mesmo a “luz,” o “manto” de Deus, cobre, em vez de revelar completamente, Sua glória suprema (Salmos 104:2) (Henderson). Ou, no monte Sinai (Drusius). (Compare Êxodo 24:17). A Septuaginta e as versões siríacas leem, em vez de “ali” [shaam], “Ele fez,” ou literalmente “colocou” [saam], um esconderijo, etc. Ele se escondeu com nuvens. A leitura da versão “e ali sua força estava escondida” é melhor. Calvino explica que se fala de um “esconderijo do poder de Deus” porque Ele não o revelou de forma indiscriminada a todos, mas sim de maneira especial ao Seu povo (Salmos 31:20). O contraste parece ser entre os “raios brilhantes,” ou emanações de Seu poder (“mão”), e o “poder” em si. Este último estava escondido, enquanto apenas as emanações foram manifestadas. Se as meras centelhas eram tão impressionantemente esmagadoras, quanto mais o próprio poder oculto! Isso foi especialmente verdadeiro em Sua manifestação no Sinai (Salmos 18:11; cf. Isaías 45:15, 17, “Verdadeiramente tu és um Deus que se esconde, ó Deus de Israel, o Salvador… Mas Israel será salvo no Senhor com uma salvação eterna”, onde há, como aqui, a combinação do esconder de Deus do mundo em geral, e até mesmo de Seu povo por um tempo (para testar sua fé), junto com a luz da salvação no Senhor concedida eternamente ao Seu povo). [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.