Então o SENHOR respondeu a Jó desde o redemoinho, dizendo:
Comentário de Keil e Delitzsch
Esta segunda vez também Jeová fala com Jó fora da tempestade; não, porém, em ira, mas na profunda condescendência de Sua majestade, a fim de libertar Seu servo de imaginações sombrias e levá-lo ao conhecimento livre e alegre. Ele não exige submissão cega, mas submissão livre; Ele não extorque um reconhecimento de Sua grandeza, mas é efetuado por persuasão. Torna-se manifesto que Deus é muito mais tolerante e compassivo do que os homens. Observe os amigos, os defensores da honra divina, esses defensores de sua própria ortodoxia, como eles deliram contra Jó! Quão melhor é cair nas mãos do Deus vivo, do que nas mãos do homem! Pois Deus é verdade e amor; mas os homens têm ora amor sem verdade, ora verdade sem amor, pois ou são coniventes com um ou o anatematizam. Quando um homem que, além disso, como Jó, é um servo de Deus, falha em um ponto, ou peca, os homens imediatamente o condenam completamente e não admitem nada de bom nele; Deus, no entanto, discerne entre o bem e o mal, e faz do bem um meio de libertar o homem do mal. Ele também não vai para o trabalho precipitadamente, mas espera, como um instrutor, até que chegue a hora da ação. Por quanto tempo Ele ouve o desafio ousado de Jó e guarda silêncio! E então, quando Ele começa a falar, Ele não lança Jó no chão por Suas declarações autorizadas, mas trata com ele como uma criança; Ele o examina a partir do catecismo da natureza e permite que ele diga por si mesmo que falhou neste exame. Neste segundo discurso, Ele age com ele como no conhecido poema de Hans Sachs com Pedro: Ele o oferece para assumir o governo do mundo de uma vez em vez de si mesmo. Aqui também Ele produz convicção; aqui também Seu modo de ação é um profundo rebaixamento de Si mesmo. É Jeová, o Deus, que finalmente se gera na humanidade, para convencer os homens de seu amor. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.