Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Crucificarei a vosso Rei?Responderam os chefes dos sacerdotes: Não temos outro rei, a não ser César.
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Comentário de Brooke Westcott
Mas eles… – Ou seja, eles, portanto. O pronome (ἐκεῖνοι) destaca os adversários do Senhor e os coloca nessa última cena, separando-os Dele. Com um único e forte grito (ἐκραύγασαν), eles rejeitam qualquer conexão com o Rei que Pilatos lhes atribuiu: “Longe, longe com Ele.”
Pilatos, no entanto, continua a pressioná-los com sua acusação: “Devo (ou devo) crucificar o vosso Rei?” A ênfase está nas últimas palavras. Desde o começo até o fim, a ideia de realeza atravessa toda a interrogatória de Pilatos.
Os principais sacerdotes – Há um grande peso na maneira precisa com que são definidos os falantes aqui. Não são simplesmente chamados de “os judeus” (João 18:31, 19:7), nem “os principais sacerdotes e os oficiais” (João 19:6). Os próprios órgãos oficiais da teocracia proclamam que abandonaram a fé pela qual a nação viveu. A frase “Não temos rei senão César” (o imperador estrangeiro) é o fim legítimo de sua política, a abdicação formal da esperança messiânica. O reino de Deus, na confissão de seus governantes, se tornou o reino do mundo. No lugar de Cristo, eles agora encontraram o imperador. Primeiro rejeitaram Jesus como o Cristo, e então, impulsionados pela ironia das circunstâncias, rejeitaram o Cristo por completo. [Westcott, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.