E ninguém subiu ao céu, a não ser o que desceu do céu: o Filho do homem, que está no céu.
Comentário de David Brown
Há algo paradoxal nesta linguagem – “Ninguém subiu, mas o que desceu, sim, aquele que está ao mesmo tempo subindo e descendo”. Sem dúvida, a intenção era assustar e obrigar seu interlocutor a pensar que deve haver elementos misteriosos em Sua Pessoa. Os antigos socinianos, para subverter a doutrina da preexistência de Cristo, aproveitaram esta passagem para ensinar que o homem Jesus foi secretamente levado ao céu para receber as suas instruções, e depois “desceu do céu” para os libertar. Mas o sentido manifestamente é este:“O conhecimento perfeito de Deus não é obtido por qualquer homem subindo da terra ao céu para recebê-lo – nenhum homem ascendeu assim -, mas aquele cuja habitação própria, em Sua natureza essencial e eterna, é o céu, tomando carne humana, desceu como o ‘Filho do homem’ para revelar o Pai, a quem Ele conhece sem intermediação tanto na carne como antes de assumi-la, sendo essencial e imutável – no seio do Pai”, (Jo 1:18) Agora vem Ele para dizer-lhe as coisas celestiais. [Brown]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.