João 8:52

Disseram-lhe pois os Judeus: Agora conhecemos que tens o demônio. Abraão e os profetas morreram; e tu dizes: Se alguém guardar minha palavra, jamais experimentará a morte.

Comentário de Brooke Westcott

Disseram-lhe pois os Judeus… O nome é repetido aqui, assim como no versículo 48, no início da resposta à nova auto-revelação.

Agora conhecemos… A declaração direta, feita em aparente boa fé, mas que os ouvintes consideraram obviamente falsa e escandalosa, só poderia ser explicada, segundo eles, pela suposição de possessão demoníaca.

Abraãomorreram. Deus falou a Abraão e aos profetas, e eles guardaram Sua palavra, mas ainda assim morreram. Quem era esse, então, que alegava ter uma palavra mais poderosa? A objeção torna-se ainda mais intensa pelo fato de que o Senhor não apenas reivindicava a vida para Si mesmo, mas, o que era muito mais impressionante, reivindicava o poder de conceder vida eterna.

morreram. O argumento se baseia no fato histórico simples.

experimentará a morte. A imprecisão da citação é significativa. O crente, assim como Cristo (Hebreus 2:9), “prova a morte,” mas não a “vê” no sentido completo mencionado no verso 51.

A frase (“experimentar a morte,” compare com Mateus 16:28 e paralelos) não é encontrada no Antigo Testamento, mas é comum nos escritos rabínicos (veja Buxtorf, Lexicon, s.v. טעם) e parece derivar da imagem do “cálice” de sofrimento: João 18:11; Apocalipse 18:6, 14:10, 16:19; Mateus 20:22-23, 26:39 e paralelos. O “cálice da morte” também é uma imagem árabe. Compare com Gesenius, Thesaurus, s.v. כוס. [Westcott, 1882]

< João 8:51 João 8:53 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.