Então o sacerdote lhe reconhecerá; e se a lepra houver coberto toda sua carne, dará por limpo ao que tem chagas: tornou-se toda ela branca; e ele é limpo.
Comentário Whedon
tornou-se toda ela branca; e ele é limpo. Aqui está um paradoxo; o leproso parcial é impuro, o leproso total está limpo. A explicação de Patrick é que esta cobertura branca uniforme é indicativa de alguma outra doença, e não da lepra real, embora tenha uma semelhança tão forte que levou o escritor a dar-lhe o mesmo nome. Mas a teoria mais comum é que a crise da hanseníase chega quando o paciente fica branco da cabeça aos pés “desabrochando na pele”, com uma crosta esmaltada, dura e seca, incapaz de comunicar o contágio por contato. O cônego Cook argumenta que a doença tratada neste capítulo é a elefantíase, e não a lepra, e que, quando toda a superfície fica branca, isso indica que não é a elefantíase, mas alguma outra doença, que não tornou o homem impuro. Esta solução da dificuldade concorda quase com a de Patrick. É uma opinião predominante que a lepra é tratada aqui, não por motivos sanitários, mas totalmente cerimoniais, e que a lepra é arbitrariamente declarada impura, assim como um cadáver é impuro um momento após a extinção da vida, e que a poluição cerimonial, por nomeação arbitrária, continua apenas enquanto a doença está se espalhando. [Whedon, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.