A nudez da mulher de teu pai não descobrirás; é a nudez de teu pai.
Comentário Ellicott
A nudez da mulher de teu pai. Embora a proibição anterior se refira à própria mãe do filho, esta lei é dirigida contra o relacionamento ilícito com sua madrasta. Aqui temos um exemplo em que a frase “para descobrir a nudez” denota tanto o relacionamento ilícito quanto o casamento incestuoso. Conseqüentemente, os administradores da lei durante o segundo Templo a definiram da seguinte maneira; a esposa do pai de um homem é proibida para sempre, seja ela simplesmente noiva ou casada com seu pai, seja ela divorciada ou não, seja viúva ou não; toda conexão com ela por parte do filho do pai é proibida. Se ele se deitar com ela enquanto seu marido está vivo, ele é duplamente culpado, primeiro, porque ela é parente próxima, e, em segundo lugar, porque ela é a esposa de outro homem. Isso, portanto, inclui o pecado de Rúben com Bila, a concubina de seu pai (Gênesis 35:22), e de Absalão com as esposas de seu pai (2Sa. 16:20-23; 1Reis 2:17), que não foi casamento incestuoso, mas adultério, uma vez que seus maridos estavam vivos e as esposas não eram divorciadas deles, bem como o pecado praticado entre alguns dos cristãos em Corinto, que consistia em filhos realmente se casarem com suas madrastas divorciadas durante a vida de seus pais, e que o apóstolo denunciou com tal severidade (1Co. 5:1-4). Entre os antigos árabes, os casamentos com madrastas eram comuns e, até hoje, entre algumas tribos da África, quando um pai é incapaz, em idade avançada, de cuidar de suas jovens esposas, ele as entrega voluntariamente ao filho mais velho. O Alcorão, no entanto, como a lei mosaica, proíbe esses casamentos (Alcorão, 4:27). [Ellicott, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.