Lucas 11:38

E vendo -o o fariseu, maravilhou-se de que não tinha se lavado antes de jantar.

Comentário Cambridge

Literalmente, “banhado”. Nenhuma lavagem era necessária para comer algumas tâmaras ou figos. Na refeição principal do dia, onde todos mergulhavam as mãos em um prato comum, era uma questão de limpeza. Mas o dever de limpeza foi transformado pela Lei Oral em um conjunto rigoroso de abluções incômodas e desnecessárias, cada uma realizada com certos métodos elaborados e gesticulações (Marcos 7:2-3) que não tinham nada a ver com religião ou mesmo com o Levítico Lei, mas apenas com a tradição farisaica e a Lei Oral. No Shulchan Aruk, um livro de Ritual Judaico, não menos do que vinte e seis orações são feitas com as quais suas lavagens são acompanhadas. Mas tudo isso não só estava desprovido de sanção divina, mas também se tornara supersticioso, tirânico e fútil. O fariseu “ficou maravilhado” porque ele e seu partido tentaram fazer com que a Lei Oral sobre o povo fosse ainda mais sagrada do que a Lei Escrita. O assunto das abluções foi o que causou várias dessas disputas com Cristo, Mateus 15:19-20. O Rabino Akhibha teria preferido morrer de sede a negligenciar suas abluções, e o Talmud pensava que um demônio – chamado Schibta – estava sentado em mãos não lavadas. Nosso Senhor surpreendeu o convencionalismo desses mestres religiosos e seus seguidores, mostrando que o que realmente contamina o homem é o que vem de dentro – do coração. [Cambridge, aguardando revisão]

< Lucas 11:37 Lucas 11:39 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.