Quando se completaram os oito dias para circuncidar o menino, foi chamado o seu nome Jesus, o qual havia sido posto pelo anjo antes que fosse concebido.
Comentário de David Brown
A circuncisão era símbolo da remoção do corpo do pecado (Colossenses 2:11,13; compare com Deuteronômio 10:16; Jeremias 4:4; Romanos 2:29). Mas como se proclamasse, no próprio ato de realizar este rito, que não havia corpo do pecado para ser removido em Seu caso, mas sim que Ele era o Removedor destinado dele dos outros, o nome Jesus, em obediência a ordem expressa do céu, foi dado a Ele na Sua circuncisão, e Lhe foi dado “porque”, como disse o anjo, “Ele salvará Seu povo de seus pecados” (Mateus 1:21). Tão significativo foi isto, que se o Seu circuncisador estivesse plenamente ciente do que estava fazendo, poderia ter-lhe dito, como João depois disso fez:“Preciso ser circuncidado de Ti, e vens a mim?” e a resposta, neste caso como naquele, teria sido sem dúvida:“Permite por agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça” (Mateus 3:14-15). Ainda assim, a circuncisão de Cristo teve uma profunda influência sobre a Sua própria obra. Porque, visto que aquele que é “circuncidado é obrigado a cumprir toda a lei” (Gálatas 5:3), o Salvador circuncidado carregava assim com Ele, em Sua própria carne, o selo de uma obrigação voluntária de cumprir toda a lei – só por Ele possível, na carne, desde a queda. Mas, além disso, como era apenas para “redimir (de sua maldição) os que estavam debaixo da lei”, que Ele submeteu a todo sendo “feito debaixo da lei” (Gálatas 4:4-5; 3:13), a obediência à qual Jesus estava vinculado era puramente uma obediência redentora, ou a obediência de um “Salvador”. Novamente, como só sendo feito maldição por nós, Cristo poderia nos redimir da maldição da lei (Gálatas 3:13), a circuncisão de Cristo deve ser considerada como uma promessa para morrer; uma promessa não só de obediência em geral, mas de ser “obediente até a morte, e morte da cruz” (Filipenses 2:8). [JFU, 1866]
Comentário de Alfred Plummer 🔒
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.