Lucas 23:36

E os soldados também escarneciam dele, aproximando-se dele, e mostrando-lhe vinagre;

Comentário do Púlpito

Três vezes na cena da crucificação encontramos uma menção a esse vinagre, ou o vinho azedo do país, a bebida comum dos soldados e outros, sendo oferecido ao Sofredor. (1) Mateus 27:34. Este foi evidentemente um trago preparado com narcóticos e drogas entorpecentes, sem dúvida por algumas daquelas mulheres compassivas dirigidas por ele em seu caminho para a cruz como “filhas de Jerusalém”, uma obra comum de misericórdia naquela época, e aparentemente permitida por os guardas. Isso, São Mateus nos diz, “ele provou”, sem dúvida em reconhecimento cortês do propósito bondoso do ato, mas ele se recusou a fazer mais do que prová-lo. Ele não entorpeceria a sensação de dor, ou obscureceria a clareza de sua comunhão com seu Pai naquela última hora terrível. (2) O segundo, mencionado aqui por São Lucas, parece implicar que os soldados zombavam de sua agonia de sede – uma das torturas induzidas pela crucificação – levantando até seus lábios ressecados e febris, vasos contendo seu vinho azedo, e em seguida, arrebatando-os rapidamente. (3) O terceiro (João 19:28-30) relata que aqui o Senhor, totalmente exausto, pediu e recebeu este último refrigério, que reviveu, por um breve espaço, suas faculdades em declínio rápido, e deu-lhe força para seu últimas declarações. Os soldados, talvez agindo sob as ordens do compassivo centurião no comando, talvez comovidos pela brava paciência e estranha dignidade do Senhor agonizante, prestaram-lhe este último ofício amável. [Pulpit, aguardando revisão]

< Lucas 23:35 Lucas 23:37 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.