E havia ali uma manada de muitos porcos, que pastavam no monte; e rogaram-lhe que lhes concedesse entrar neles; e ele lhes concedeu.
Comentário do Púlpito
Para que fim foi esse pedido? Foi simplesmente a maneira que escolheram para entrar no abismo? Sabemos que a vida das criaturas, depois de concedida a permissão, durou apenas alguns minutos, no máximo. Era o desejo de fazer mais mal durante sua breve estada na terra? Teofilato (século VIII) sugere que o propósito dos espíritos malignos, em seu pedido, era ferir Jesus naquela parte do país, despertando temores entre os habitantes gananciosos de que eles também pudessem perder, de maneira semelhante, seus rebanhos. Mas para o autor desta nota, parece melhor confessar que nenhuma resposta satisfatória pode ser dada aqui. Sabemos tão pouco sobre esses espíritos terríveis do mal. A razão da permissão do Senhor é mais óbvia. Alguma prova visível como a visão das forças do mal e impuras que o dominaram por tanto tempo, transferidas para os corpos de outras criaturas e exercendo sua vontade selvagem sobre eles, foi provavelmente um elemento necessário em sua cura perfeita. É provável também que Jesus quisesse mostrar sua indignação com o flagrante desrespeito da Lei mosaica, com a desobediência aberta às injunções divinas a respeito dos suínos, o que foi demonstrado pela presença de um rebanho tão vasto desses animais declarados impuros pelos mosaicos Lei sob a qual essas pessoas professavam viver (Marcos dá o número como dois mil). Neste distrito, a grande maioria dos habitantes eram judeus. A criação ou criação de porcos era estritamente proibida pela lei canônica judaica. Outros povos orientais também consideravam esses animais impuros. Heródoto (ela. 47) nos diz que no Egito havia uma classe especial de pastores de porcos, que eram os únicos entre os habitantes do país proibidos de entrar no templo. Essa casta só tinha permissão para casar entre si. O comer carne de porco é referido por Isaías (Isaías 65:3, 4) como um dos atos do povo que continuamente provocavam a ira do Senhor. [Pulpit, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.