Ela se aproximou de Jesus por detrás, e tocou a borda de sua roupa; e logo o fluxo de seu sangue parou.
Comentário Cambridge
Ela se aproximou de Jesus por detrás, e tocou a borda de sua roupa. Este é um milagre ‘a propósito’ (obiter), mas, como Fuller diz, “Seu obiter é mais para o propósito do que o nosso iter” Ela procurou roubar (por assim dizer) um milagre da graça, e imaginou que os milagres de Cristo eram uma questão de natureza, não de vontade e propósito. Provavelmente a intensa depressão produzida por sua doença, agravada pela maneira como durante doze anos todos se mantiveram distantes dela e se esforçaram para não tocá-la, havia abalado seu ânimo. Pela lei levítica ela tinha que ser “separada, e todo aquele que tocar nela será impuro” (Levítico 15:19; Levítico 15:25). A palavra traduzida como “fronteira” (kraspedon, hebr. Tsitsith) é uma borla em cada “asa” ou canto do talito ou manto (Mateus 14:36). A Lei (Números 15:38-40) exigia que fosse amarrado com um fio (não como em E. V. faixa) de azul, a cor do céu e, portanto, o tipo de revelação. Os judeus estritos até hoje usam essas borlas, embora geralmente estejam ocultas. Os fariseus, para proclamar sua ortodoxia, os tornaram visivelmente grandes, Mateus 23:5. Uma das quatro borlas pendurada no ombro nas costas, e foi esta que a mulher tocou. (Para detalhes completos das regras rabínicas sobre essas borlas, consulte um artigo do presente escritor, no Expositor, v. 219.) A quase-sacralidade das borlas pode ter estimulado seu impulso de tocar aquele que estava à vista. [Cambridge, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.