Estando ele ainda falando, veio um da casa do chefe da sinagoga, que lhe disse: Tua filha já está morta, não incomodes o Mestre.
Comentário do Púlpito
Essa interrupção, que deve ter demorado algum tempo, foi, sem dúvida, uma dura prova para a fé do governante. Sua filhinha estava, ele bem sabia, morrendo; e embora confiasse que o famoso Rabino tivesse poder para deter o progresso de uma doença, ele nunca parece, por um momento, ter contemplado sua luta contra a morte; de fato, o simples pensamento de trazer o espírito para o cortiço de barro abandonado, evidentemente, nunca ocorreu a ninguém daquela triste família, enquanto os pranteadores contratados (versos 52, 53 e Marcos 5:38), muito acostumados à visão da morte em todas as suas formas de sonhar com qualquer homem, por maior que fosse o médico, trazendo de volta à vida os mortos, transgredindo toda a cortesia, positivamente riam dele com desprezo. Parece-nos estranho agora que este supremo milagre deveria ter parecido uma coisa muito mais difícil de realizar do que a cura da cegueira ou surdez, ou a criação de vinho, pão e peixe, ou o silêncio instantâneo dos elementos, das ondas e o vento. Enquanto os sofredores e seus amigos e os discípulos do Senhor, em incontáveis casos, lhe pediram para aplicar seu poder em casos de doença e enfermidade, nenhum amigo ou discípulo jamais lhe pediu que ressuscitasse um morto. Até o fim, apesar do que eles tinham visto, ninguém, até depois da Ressurreição, poderia se persuadir de que ele era, de fato, o Senhor da morte, bem como da vida. [Pulpit, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.