Não temos todos o mesmo Pai? Não foi o mesmo Deus que nos criou? Por que, então, agimos deslealmente, cada um contra seu irmão, quebrando o pacto de nossos pais?
Ou seja, visto que todos nós temos uma origem comum, “por que, então, agimos deslealmente, cada um contra seu irmão”, especialmente no que diz respeito à relação matrimonial (1Tessalonicenses 4:3-6). “Seu irmão” é uma expressão geral, o que implica que todos são “irmãos” e irmãs, como filhos do mesmo Pai, e assim inclui as esposas prejudicadas. “Agimos deslealmente”, ou seja, deixando de lado nossas esposas judias e tomando mulheres estrangeiras como esposas (compare Malaquias 2:14 e Malaquias 2:11; Esdras 9:1-9); e assim violando o “pacto” feito por Javé com “nossos pais”, através do qual foi ordenado que devíamos ser um povo separado dos outros povos do mundo (Êxodo 19:5; Levítico 20:24; Levítico 20:26; Deuteronômio 7:3). Embora haja uma remota referência à Paternidade de Deus em relação a toda a humanidade, a referência primária é a sua Paternidade em relação a todo o Israel da aliança (no sentido mais especial como seu Deus e Pai). Casar-se com o pagão derrotaria este propósito de Javé, que era o Pai dos israelitas, num sentido especial em que Ele não era o Pai do pagão. O “mesmo Pai” é Javé (Jó 31:15; 1Coríntios 8:6; Efésios 4:6). “Nos criou”: não meramente criação física, mas “nos criou” para ser Seu povo peculiar e escolhido (Salmo 102:18; Isaías 43:1; Isaías 45:8; Isaías 60:21; Efésios 2:10), (Calvino). Quão marcante é o contraste entre a honra aqui feita ao sexo feminino e a degradação a que as mulheres orientais são geralmente submetidas! [JFU, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.