E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.
Comentário de J. A. Broadus
Aqui (segundo Godet), há três pontos distintos: A glorificação pessoal de Jesus (Mateus 17:2); A aparição e conversa de Moisés e Elias (Mateus 17:3); A teofania e a voz divina (Mateus 17:5).
Moisés e Elias, reconhecidos imediatamente (Mateus 17:4), sem dúvida por intuição, como parte da cena sobrenatural. Qualquer pergunta sobre se Moisés apareceu em um corpo de ressurreição está além do nosso conhecimento e é inútil. “A lei e os profetas duraram até João; desde então, é pregado o reino de Deus” (Lucas 16:16). Assim, o reino messiânico se distingue da dispensação da lei e dos profetas, embora não tenha a intenção de abrogá-los (Mateus 5:17). Por isso, encontramos o fundador da lei e o grande profeta reformador vindo para atender ao Rei messiânico. Quando desaparecem, uma voz celestial chama os homens a ouvir a Jesus. Os rabinos frequentemente mencionavam Moisés e Elias juntos; e um escritor de vários séculos após Cristo afirmou que eles viriam juntos nos dias do Messias.
Falando com ele. Lucas relata (Lucas 9:32) que “falavam de sua partida, que estava para se cumprir em Jerusalém”, um anúncio que, poucos dias antes, havia surpreendido e entristecido os discípulos. Plumptre observa: “É significativo que a palavra para ‘partida’ (exodos) reapareça nesse sentido apenas uma vez no Novo Testamento, e em conexão com uma referência à Transfiguração” (2Pedro 1:15). Não está claro se os discípulos ouviram essa conversa; em qualquer caso, ela foi parcialmente designada ao próprio Salvador, para que fosse fortalecido em vista dos sofrimentos e da morte, que agora ocupavam especialmente seus pensamentos (Lucas 12:50). [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.