Entrando na casa, viram o menino com sua mãe Maria, e, prostrando-se, o adoraram. Então, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
prostrando-se, o adoraram. A forma comum homenagear um monarca. Mas em sua homenagem se mesclava algo também de culto religioso, porque eles entendiam pelo menos isso, que o menino diante do qual se ajoelhavam era o Messias, o líder religioso da raça humana, alguém em uma relação única com Deus, e que estava destinado a estabelecer o reino de Deus na terra.
ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Era, e ainda é, costume oriental não encontrar com monarcas e príncipes sem um presente (compare com Gênesis 43:11; 1Samuel 10:27; 1Reis 10:2). Os magos trouxeram a Jesus os produtos mais caros dos países em que viviam, como que para mostrar que nada é precioso demais para ser usado a serviço de Deus. É um erro pensar que a adoração espiritual é necessariamente uma adoração pura, ou que a religião é mais pura quando está mais desvinculada da arte. A arte e o amor à beleza estão entre as maiores dádivas de Deus ao homem, e é legítimo que o homem na adoração dê o seu melhor a Deus. A interpretação mística dos presentes (“ouro”, simbolizando a realeza de Cristo; “incenso”, Sua Divindade; “mirra”, Sua Paixão, compare com João 19:39) é questionável. Os magos não saberiam que Ele era realmente divino, muito menos que sofreria. [Dummelow, 1909]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.