E eis que dois cegos assentados junto ao caminho, ao ouvirem que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!
Comentário Whedon
E eis que dois cegos.- Marcos menciona apenas um e nos diz seu nome. Ele era Bartimeu; e o próprio fato de que ele assim o nomeia parece indicar que ele era uma pessoa bem conhecida na época. Como o seu era o caso de interesse especial, cuja cura Marcos deseja narrar, ele também omite afirmar que outro homem foi curado ao mesmo tempo. É muito possível que Marcos não tenha sido informado desse fato. Inspiração não implica em onisciência. Um escritor inspirado pode ser mais plenamente informado do que outro. Ambos podem ser perfeitamente verdade, até onde vão. Mas a naturalidade da imagem dos dois cegos, sentados à beira da estrada, deixa pouca dúvida de que Mateus, que era um discípulo (como Marcos não era), escreveu como uma testemunha ocular do milagre.
ao ouvirem que Jesus passava. O “profeta da Galileia”, o ressuscitador de Lázaro dentre os mortos, o mestre e milagreiro da Peréia, não é desconhecido pela fama para esses pobres homens. Para os que sofrem por toda a terra, esse nome teria um interesse especial. Seu relato teria uma rápida circulação entre os filhos e filhas da infelicidade. De alguma forma, saberiam mais sobre ele e teriam mais inclinação para a fé nele do que qualquer outra pessoa.
Filho de Davi. Os comentaristas modernos tiveram muita dificuldade com a genealogia do nosso Salvador no primeiro capítulo de Mateus, pelo qual ele é mostrado como sendo o filho de Davi; mas estes dois cegos não têm. Eles confessam sua ascendência. Eles acreditam que o verdadeiro descendente do antigo rei de Israel está se aproximando agora, e que ele é o prometido para quem Israel está procurando. [Whedon]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.