Então responderam a Jesus: Não sabemos. E ele lhes disse: Nem eu vos digo com que autoridade faço isto.
Comentário de J. A. Broadus
E ele,” ou “ele também,” com certa ênfase em “ele” (ver em Mateus 1:21).
Nem eu vos digo. Assim também está em Marcos e em Lucas. Não “nem eu sei,” como eles haviam dito; na verdade, o que eles expressaram não foi realmente uma incapacidade de saber, mas de contar. Jesus estava liberado de qualquer obrigação de lhes dizer com base na cortesia, uma vez que eles se recusaram a responder sua pergunta. Ele escolheu não responder, pois não desejava fazer uma proclamação clara e pública de seu messianismo até que o momento de crise chegasse (Mateus 26:63 e seguintes), enquanto eles provavelmente queriam levá-lo a algum tipo de declaração que pudessem usar para acusá-lo diante do Sinédrio, como em Mateus 22:15 e seguintes. E ele não precisava responder, pois eles sabiam que João havia testificado dele como o Messias e que ele havia permitido que o povo o saudasse como o Filho de Davi. O princípio envolvido em sua recusa é o mesmo de quando ele recusou um sinal do céu (Mateus 16:4), ou seja, que “ninguém tem o direito de exigir um excesso de evidência em qualquer questão de crença ou dever, e que, como o pedido de tal prova acumulada é uma rejeição virtual da prova previamente dada, é a lei dessa administração divina recusá-la mesmo como um favor.” (Compare com Lucas 16:31).
Nosso Senhor então repreende os líderes com três parábolas, sendo a primeira e a segunda dirigidas especificamente a eles (Mateus 21:28-32, Mateus 21:38-46, Mateus 22:1-14). A primeira e a terceira são apresentadas apenas por Mateus. [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.