Mas Jesus, entendendo a sua malícia, disse: Por que me tentais, hipócritas?
Comentário de J. A. Broadus
Jesus, entendendo a sua malícia. Com palavras suaves e bajuladoras, eles vieram com uma pergunta que achavam que o colocaria em um dilema sem solução. Eles desejavam que ele respondesse sim ou não. Se ele dissesse sim, os fariseus proclamariam, em todos os pátios do templo e todos os dias, que o Nazareno disse que era correto pagar tributo a César, o que mostraria que qualquer ideia de ele ser o Rei Messias era ridícula e que, na verdade, ele não era patriota nem piedoso. Se ele dissesse não, os herodianos iriam diretamente a Pilatos. Os romanos não se importavam com questões religiosas de uma nação sujeita (compare Atos 25:18-20) e interferiam pouco nos assuntos locais, desde que o povo mantivesse a paz e pagasse os impostos. Os líderes judeus estavam tão confiantes de que essa acusação seria eficaz diante de Pilatos que, três dias depois, com falsidade evidente, disseram a ele: “Encontramos este homem proibindo dar tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, um rei” (Lucas 23:2, Versão Revisada).
Por que me tentais – testando-o com perguntas difíceis, na esperança de levá-lo a dizer algo prejudicial a si mesmo (compare com Mateus 16:1 e Mateus 19:3).
hipócritas (veja em Mateus 6:2 e Mateus 15:7); eles estavam fingindo grande admiração por ele como mestre, fingindo lealdade fiel a César (João 19:15) e demonstrando um patriotismo e piedade elevados. Jesus mostrou-lhes, com esse termo (Bengel), que ele era de fato ‘verdadeiro’ e estava pronto para falar abertamente. [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.