Compare com Mateus 15:10; Marcos 7:14; Lucas 12:1; 20:45.
Compare com Neemias 8:4-8; Malaquias 2:7; Marcos 12:38; Lucas 20:46.
se sentam sobre a cadeira de Moisés – ou seja, “ocuparam o lugar de intérpretes oficiais da lei de Moisés” (NVT).
tudo o que eles vos disserem [sentados na cadeira de Moisés e ensinando a partir da sua lei], fazei e guardai (compare com Mateus 15:2-9; Ex 18:19-20,23; Deuteronômio 4:5; 5:27; 17:9-12; 2Crônicas 30:12; Atos 5:29; Romanos 13:1). Ou seja, tudo o que eles ensinam que é consistente com a Lei de Moisés – todos os mandamentos de Moisés que eles leem para vocês e explicam corretamente. A palavra “tudo” não poderia ser entendida sem tal restrição, pois o próprio Cristo acusa os “escribas e fariseus” de ensinarem muitas coisas contrárias a essa lei, e de anulá-la por suas tradições (Mateus 15:1-6).
porque eles dizem e não fazem (compare com Mateus 21:30; Salmo 50:16-20; Romanos 2:19-24; 2Timóteo 3:5; Tito 1:16). A interpretação que eles dão à lei é em grande parte correta, mas suas vidas não correspondem ao seu ensino. Não é dever das pessoas imitar seus mestres, a menos que suas vidas sejam puras; devem obedecer à lei de Deus e não moldar sua vida pelo exemplo de pessoas más. [Barnes, 1870]
Compare com Mateus 23:23; 11:28-30; Lucas 11:46; Atos 15:1028; Gálatas 6:13; Apocalipse 2:24.
amarram cargas pesadas – uma metáfora para sobrecarregar um animal de carga. As “cargas”, que eles “amarram”, são as complexas e problemáticas observâncias que os escribas acrescentaram à Lei escrita, e declararam ser mais obrigatórias do que a própria Lei: veja em Mateus 15:2. O único ponto positivo sobre os saduceus era que eles rejeitavam essas tradições humanas.
porém eles mesmos nem sequer com o seu dedo as querem mover – muito menos as carrega sobre os ombros. Eles exigem que seus discípulos cumpram as difíceis regras, que eles próprios não observam, ou (como os outros interpretam) não estendem um dedo para acomodar esses encargos legais nas costas dos outros, para que possam confortavelmente suportá-los. [Dummelow, 1909]
fazem todas as suas obras a fim de serem vistos pelas pessoas (compare com Mateus 6:1-16; Lucas 16:15; 20:47; 21:1; Jo 5:44; 7:18; 12:43; Filipenses 1:15; 2:3; 2Tessalonicenses 2:4).
filactérios. São tiras de pergaminho nas quais estão escritos esses quatro textos: (1) Ex 13:1-10; (2) 11-16; (3) Deuteronômio 6:4-9; (4) 11:18-21, e que são colocados dentro de uma caixa de couro quadrada. Esta caixa é presa por tiras na testa entre os olhos. [Easton, 1896]
aumentam as franjas das suas vestes. Jesus refere-se aos fios soltos que eram presos às bordas da roupa externa como uma franja. Esta franja foi ordenada a fim de os distinguir das outras nações, e para que eles se lembrassem de guardar os mandamentos de Deus (Números 15:38-40; Deuteronômio 22:12). Os fariseus estas franjas maiores do que a das outras pessoas, para mostrar que tinham um respeito especial pela lei. [Barnes, 1866]
Compare com Mateus 20:21; Provérbios 25:6-7; Marcos 12:38-39; Lucas 11:43; 14:7-11; 20:46-47; Romanos 12:10; Tiago 2:1-4; 3João 1:9.
os primeiros assentos nos banquetes – ou seja, “os lugares de honra” (NVI).
saudações nas praças. As praças eram lugares onde multidões de pessoas se reuniam. Os escribas e fariseus tinham prazer com a atenção especial em locais públicos, e desejavam que todos lhes mostrassem um respeito diferenciado.
Rabi (compare com Jo 1:38,49; 3:2,26; 6:25; 20:16). Esta palavra significa literalmente grande. Foi um título dado a eminentes mestres da lei entre os judeus; um título de honra e dignidade, denotando autoridade e habilidade para ensinar. Cada vez que eram assim chamados indicava sua superioridade em comparação às pessoas que assim os chamavam, e eles gostavam, portanto, de ouvi-lo frequentemente aplicado a eles. Havia três títulos em uso entre os judeus – Rab, Rabi e Rabône – significado diferentes graus de aprendizagem e habilidade, como os diplomas (graduação, mestrado, doutorado) fazem entre nós. [Barnes, 1870]
não sejais chamados Rabi (compare com Mateus 23:10; 2Coríntios 1:24; 4:5; Tiago 3:1; 1Pedro 5:3).
vosso Mestre é um (compare com Mateus 10:25; 17:5; 26:49; Jo 13:13-14; Romanos 14:9-10; 1Coríntios 1:12-13; 3:3-5). Algumas traduções acrescentam “Cristo” aqui, porém, visto que a palavra não está presente nos melhores manuscritos, optou-se pela sua omissão; aparentemente ela entrou no texto grego a partir de uma nota explicativa marginal, completando o sentido segundo o modelo de Mateus 23:10.
todos vós sois irmãos (compare com Lucas 22:32; Efésios 3:15; Colossenses 1:1-2; Apocalipse 1:9; 19:10; 22:9).
a ninguém chameis na terra vosso pai (compare com 2Reis 2:12; 6:21; 13:14; Jó 32:21-22; Atos 22:1; 1Coríntios 4:15; 1Timóteo 5:1-2; Hebreus 12:9). “Pai” (abba no aramaico) e “guia” (Mateus 23:10) também são títulos dos escribas, sendo o primeiro usado principalmente como um prefixo para o nome, por exemplo Abba Shaul. Alguns cristãos interpretam essas proibições literalmente e dizem que é anticristão usar títulos de respeito como ‘Reverendo’, ‘Pai em Deus’ e outros semelhantes, que correspondem aos títulos dos escribas. Mas o que Jesus condenou não foram os próprios títulos, mas sim as pretensões presunçosas que os títulos implicavam. Os rabinos, na realidade, se colocaram no lugar de Deus e quase em igualdade com ele. Suas tradições eram mais obrigatórias do que a Lei, e eram consideradas, em certo sentido, obrigatórias para Deus. Um rabino chegou ao ponto de ser enterrado com vestes brancas para mostrar que era digno de aparecer perante seu Criador. Diz-se que outro foi chamado ao céu por Deus para resolver um ponto da lei da purificação cerimonial (compare com Mateus 15:2).
porque o vosso Pai é um (compare com 32; Malaquias 1:6; Romanos 8:14-17; 2Coríntios 6:18; 1João 3:1).
Nem sejais chamados guias (“mestres”, BKJ; “chefes”, NVI).
Compare com Mateus 20:26-27; Marcos 10:43-44; Lucas 22:26-27; Jo 13:14-15; 1Coríntios 9:19; 2Coríntios 4:5; 11:23; Gálatas 5:13; Filipenses 2:5-8.
As palavras admitem um significado duplo. Ou (1), como em Marcos 9:35, elas afirmam uma lei de retribuição – o homem que busca ser o maior será o servo de todos; ou (2) elas apontam a outra lei, da qual a própria vida de nosso Senhor foi a melhor ilustração – que aquele que é realmente o maior mostrará sua grandeza, não em afirmá-la, mas em uma vida de serviço. A última interpretação parece dar, em geral, o melhor significado. [Ellicott, 1905]
Compare com Mateus 5:3; 18:4; Jó 22:29; Salmo 138:6; Provérbios 15:33; 16:18-19; 29:23; Isaías 57:15; Daniel 4:37; Lucas 1:51-52; 14:11; 18:14; Tiago 4:6; 1Pedro 5:5.
Aqui os escribas e fariseus são acusados de fechar o céu diante das pessoas: em Lucas 11:52 a acusação é ainda pior, eles tomaram “a chave do conhecimento” – que significa, não a chave para abrir o conhecimento, mas o conhecimento como a única chave para abrir o céu. Um conhecimento correto da palavra revelada de Deus é a vida eterna, como diz nosso Senhor (Jo 17:3; Jo 5:39); mas isto eles tiraram ao povo, substituindo-o pelas suas miseráveis tradições. [JFU, 1866]
pois nem vós entrais, nem permitis entrar os que estão entrando – ou então, “não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo” (NVI).
devorais as casas das viúvas (compare com Ex 22:22-24; Jó 22:9; 31:16-20; Marcos 12:40; Lucas 20:47; 2Timóteo 3:6; Tito 1:10-11). A avareza aqui descrita pode fazer referência (1) ao uso que esses homens faziam das vantagens que possuíam, como juristas e tabeliães da época, para fazer reivindicações injustas contra viúvas ricas ou para se tornarem seus herdeiros, ou (2) à influência de mulheres devotas, sob a aparência de piedade, a conceder-lhes suas propriedades ou casas. Fornecer as coisas necessárias para o sustento de um escriba era, eles ensinavam, o melhor uso da riqueza. A “longa oração” refere-se provavelmente às conhecidas Dezoito Orações, que formavam o padrão de devoção do fariseu. O versículo inteiro está faltando em muitos manuscritos antigos, e pode ter sido inserido aqui a partir de Marcos 12:40 ou Lucas 20:47. [Ellicott, 1905]
e para justificar, fazem longas orações – ou então, “e para disfarçar, fazem longas orações” (NVI).
por isso recebereis mais grave condenação (compare com Mateus 23:33; 11:24; Lucas 12:48; Tiago 3:1; 2Pedro 2:3).
percorreis o mar e a terra para fazerdes (compare com Gálatas 4:17; 6:12) um prosélito (compare com Ester 8:17; Atos 2:10; 13:43) – ou seja, “vocês atravessam os mares e viajam por todas as terras a fim de procurar converter uma pessoa para a sua religião” (NTLH).
vós o tornais filho do inferno duas vezes mais que a vós (compare com Jo 8:44; Atos 13:10; 14:2,19; 17:5-6,13; Efésios 2:3) – ou seja, duas vezes mais dignos do fogo do inverno. Devido a tendência dos novos convertidos de exagerar os aspectos externos do credo que adotam, os prosélitos gentios agravaram ao máximo as piores características do farisaísmo. [Cambridge, 1893]
guias cegos (compare com Mateus 23:17,19,24,26; 15:14; Isaías 56:10-11; Jo 9:39-41). Eles eram líderes e guias por profissão e, ainda assim, por seu literalismo e preocupação com as práticas externas, perderam o verdadeiro significado das Escrituras que ensinavam. O Senhor repete o epíteto “cego” (Mateus 23:17,19,24).
Qualquer um que jurar pelo templo (compare com Mateus 5:33-34; Tiago 5:12), isso nada vale (compare com Mateus 15:5-6; Marcos 7:10-13). Nosso Senhor parece referir-se mais especialmente aos juramentos ligados a votos, dos quais ele já havia falado (Mateus 15:5-6). A distinção intencional entre juramentos era um exemplo de cegueira moral. Um juramento pelo templo não era obrigatório; poderia ser quebrado ou evitado impunemente.
mas qualquer um que jurar pelo ouro do templo – ou seja, pelo tesouro sagrado e seus ornamentos. [Pulpit, 1895]
é obrigado a cumprir o que jurou (compare com Gálatas 5:3).
Tolos (compare com Salmo 94:8) – ou então, “insensatos” (A21).
o templo que santifica o ouro (compare com Mateus 23:19; Ex 30:26-29; Números 16:3839). Santificar é tornar santo. A santidade do ouro estava no fato de fazer parte do templo. Caso contrário, não seria mais sagrado do que qualquer outro ouro. Era tolice, então, supor que aquilo fosse mais sagrado do que o templo, do qual recebia toda a santidade que possuía. [Barnes, 1870]
Qualquer um que jurar pelo altar (compare com Mateus 5:33-34; Tiago 5:12), isso nada vale (compare com Mateus 15:5-6; Marcos 7:10-13). Nosso Senhor parece referir-se mais especialmente aos juramentos ligados a votos, dos quais ele já havia falado (Mateus 15:5-6). A distinção intencional entre juramentos era um exemplo de cegueira moral. Um juramento pelo altar não era obrigatório; poderia ser quebrado ou evitado impunemente. [Pulpit, 1895]
é obrigado a cumprir o que jurou (compare com Gálatas 5:3).
Tolos (compare com Salmo 94:8) – algumas traduções (A21, ARA, NVI) entendem que esta palavra não faz parte do original.
o altar que santifica a oferta (compare com Ex 29:37; 30:29).
Um juramento sempre pressupõe uma pessoa que o testemunha, e que castigará por falso testemunho; portanto, quer eles jurassem pelo templo ou pelo ouro (Mateus 23:16), ou pelo altar ou a oferta colocada sobre ele (Mateus 23:18), o juramento necessariamente supõe o Deus do templo, do altar, e das ofertas, que testemunhou tudo, e puniria, mesmo em seus casos isentos, o falso testemunho. [Clarke, 1832]
e por aquele que nele habita (compare com 1Reis 8:1327; 2Crônicas 6:2; 7:2; Salmo 26:8; 132:13,14; Efésios 2:22; Colossenses 2:9) – isto é, Deus. O templo era sua casa, a sua habitação. No primeiro, ou templo de Salomão, Ele habitou entre os querubins no lugar santíssimo. Ali se manifestou por um símbolo visível, na forma de uma nuvem que repousava sobre o propiciatório (1Reis 8:10,13; Salmo 80:1). [Barnes, 1870]
pelo trono de Deus (compare com Mateus 5:34; Salmo 11:4; Isaías 66:1; Atos 7:49; Apocalipse 4:23). O céu é o seu trono (Mateus 5:34). É assim chamado como o lugar onde ele se senta na glória. Jesus diz, aqui, que todos os que juram, de fato, juram por Deus, ou o juramento é em vão. Jurar por um altar, uma oferta ou um templo não tem valor, a menos que seja para apelar ao próprio Deus. O mais importante em um juramento é chamar Deus para testemunhar nossa sinceridade. Se um juramento verdadeiro é feito, portanto, apela-se a Deus. Caso contrário, é tolice e maldade jurar por qualquer outra coisa. [Barnes, 1870]
dais o dízimo da hortelã, do endro, e do cominho. Deuteronômio 12:17 parece considerar apenas os grãos, o vinho e o azeite, entre os produtos da terra, como sujeitos à lei dos dízimos. O fariseu, em sua minuciosa cautela (baseado, talvez, na linguagem mais geral de Levítico 27:30), fez questão de recolher o décimo ramo de cada erva do jardim e apresentá-lo ao sacerdote. Uma vez que isso foi feito a pedido de uma consciência imperfeitamente iluminada, nosso Senhor não o censura. Não era uma perversão direta da lei como no ensino dos juramentos e do Corbã. O que Ele censurou foi a substituição do inferior pelo superior. Com os três exemplos do “infinitamente pequeno”, Ele contrasta as três obrigações éticas que eram infinitamente grandes, “justiça, misericórdia e fé”. [Ellicott, 1905]
e desprezais o que é mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia, e a fé – ou então, “fidelidade” (NVI).
Um provérbio que significa que os escribas cuidam para não violar pontos insignificantes da Lei, enquanto continuamente quebram seus grandes mandamentos.
Coais um mosquito [do vinho quando vão bebê-lo]. O “mosquito” aqui é provavelmente um inseto proveniente da fermentação do vinho e considerado impuro pelos rabinos. O camelo também era impuro (Levítico 11:4). [Dummelow, 1909]
Compare com Mateus 7:4; 15:2-6; 19:24; 27:6-8; Lucas 6:7-10; Jo 18:28,40.
Limpais o exterior do copo ou do prato, mas por dentro estão cheios de extorsão e cobiça (compare com Mateus 21:3435Mateus 15:1920; Marcos 7:4; Lucas 11:4748Lucas 11:3940; Isaías 28:78) – “mas por dentro estes [o copo e o prato] estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela violência e pela ganância” (NTLH).
Ou seja, que o seu copo e prato sejam preenchidos com os frutos de um trabalho íntegro, e então o exterior e o interior realmente ficarão “limpos”. Por meio dessa alusão ao copo e ao prato, o Senhor os ensinou que era necessário primeiro limpar o coração, para que a conduta externa fosse realmente pura e santa. [Barnes, 1870]
Limpa primeiro o interior (compare com Mateus 12:33; Isaías 55:7; Jeremias 4:14; 13:27; Ezequiel 18:31; Lucas 6:45; 2Coríntios 7:1; Hebreus 10:22; Tiago 4:8).
do copo e do prato. Algumas traduções omitem “e do prato” (A21, ARA, NAA).
sois semelhantes aos sepulcros caiados (compare com Números 19:16; Isaías 28:78Isaías 58:12; Lucas 11:44; Atos 23:3) – ou seja, pintados de branco. Para evitar a contaminação cerimonial de tocar em um túmulo sem saber, os judeus pintavam cuidadosamente os túmulos ou os marcaram com cal em um dia fixo todos os anos – o décimo quinto dia de Adar. O costume ainda existe no Oriente. Um das estratégias dos samaritanos contra os judeus era remover a cal dos sepulcros para que os judeus ficassem contaminados ao pisar neles. [Cambridge, 1893]
Assim também vós, por fora, realmente pareceis justos às pessoas (compare com Mateus 23:5; 1Samuel 16:7; Salmo 51:6; Isaías 28:78Isaías 58:12Isaías 57:34Jeremias 17:910; Lucas 16:15; Hebreus 4:1213).
mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de injustiça (compare com Mateus 21:3435Mateus 15:1920Mateus 12:3435; Mateus 21:3435Mateus 15:1920; Marcos 7:21-23).
edificais os sepulcros dos profetas (compare com Lucas 11:4748; Atos 2:29), adornais os monumentos dos justos. Uma parte das ofertas do Templo foi dedicada a esse propósito. [Cambridge, 1893]
derramamento do sangue dos profetas (compare com Mateus 23:3435; 21:35,36; Jeremias 2:30).
vós mesmos dais testemunho [contra si mesmos] (compare com Josué 24:22; Jó 15:56; Salmo 64:8; Lucas 19:22).
sois filhos [espirituais] dos que mataram os profetas (compare com Atos 15:1028Atos 7:5152; 1Tessalonicenses 2:1516).
Em outras palavras, “Vão e terminem o que seus antepassados começaram” (NVT).
Completai, pois. Um imperativo, expressivo da ironia Divina, contendo praticamente uma profecia. Conclua sua obra maligna, termine aquilo que seus pais começaram (compare com Jo 13:27).
a medida (compare com Gênesis 15:16; Números 32:14; Zacarias 5:6-11). Existe um certo limite para a iniquidade; quando este é alcançado, vem o castigo. A metáfora é derivada de uma taça cheia, que uma única gota a mais fará transbordar. Essa gota adicional seria a morte de Cristo e a perseguição de seus seguidores. Compare com Gênesis 15:16; 1Tessalonicenses 2:16. [Barnes, 1870]
Serpentes, raça de víboras (compare com Mateus 3:7; Mateus 12:34; Mateus 21:3435; Gênesis 3:15; Salmo 58:3-5; Isaías 28:78Isaías 58:12Isaías 57:34; Lucas 3:7; Jo 8:44; Apocalipse 12:9).
Como escapareis da condenação do inferno? (compare com Mateus 23:14; Hebreus 2:3; 10:29; 12:25).
eu vos envio (compare com Mateus 10:16; 28:19,20; Lucas 11:49; 24:47; Jo 20:21; Atos 1:8; 1Coríntios 12:3-11; Efésios 4:8-12).
profetas (compare com Atos 11:27; Atos 13:1; Atos 15:32; Apocalipse 11:10), sábios (compare com Provérbios 11:30; 1Coríntios 2:6; 1Coríntios 3:10; Colossenses 1:28) e escribas (compare com Mateus 13:52). Os apóstolos, profetas, mestres, evangelistas, e outros ministros da Igreja Apostólica. Observe que aqui, como em Mateus 13:52, nosso Senhor fala dos ministros cristãos sob títulos judaicos como “sábios” (isto é, rabinos) e “escribas”. [Dummelow, 1909]
Zacarias – Uma vez que não há nenhum registro de qualquer assassinatos correspondente a esta descrição, provavelmente a alusão não é a qualquer homicídio recente, mas a 2Crônicas 24:20-22, como o último caso registrado e mais adequado para ilustração. E como as últimas palavras de Zacarias foram: “O Senhor requer isso”, então eles estão aqui avisados que daquela geração deve ser requerido. [JFU]
A destruição de Jerusalém ocorreu cerca de quarenta anos depois que isto foi falado. Veja o próximo capítulo.
Comentário de A. T. Robertson
Jerusalém, Jerusalém. Lucas (Lucas 13:34 f.) tem esse lamento em um período anterior na Pereia. A conexão é adequada em ambos os lugares e o lamento pode ter sido proferido duas vezes. Forma um encaixe próximo à denúncia dos fariseus. De fato, Lucas (Lucas 19:41-44) tem outro lamento sobre Jerusalém quando Jesus contemplou a cidade na Entrada Triunfal. Mas a linguagem é idêntica em Lucas 13:34 e em Mateus, de modo que se torna mais difícil, embora não impossível, pensar na repetição. Houve duas lamentações de acordo com Lucas e pode ter havido outra de acordo com Mateus. Se houvesse apenas duas, não há como decidir qual ordem é correta entre Mateus e Lucas no assunto em discussão. Observe a repetição do nome Jerusalém.
Quantas vezes. Esta linguagem implica um ministério em Jerusalém mais extenso do que é mostrado nos Evangelhos Sinópticos. O Evangelho de João torna o ponto mais claro, sendo amplamente dedicado ao ministério judaico de Jesus. [Robertson, 1907]
Compare com Mateus 24:2; 2Crônicas 7:2021; Isaías 64:10-12; Jeremias 7:9-14; Daniel 9:26; Zacarias 14:12; Marcos 13:14; Lucas 13:35; 19:43,44; 21:6,20,24; Atos 15:1028Atos 7:5152Atos 6:1314.
Eis que vossa casa – o Templo, sem dúvida; agora a casa deles, não a do Senhor. Veja em Mateus 22:7.
ficará deserta (“ficará completamente abandonada”, NTLH) – isto é, do seu Divino Habitante. Mas quem é esse? Veja o versículo seguinte. [JFU, 1866]
a partir de agora não me vereis (compare com Oséias 3:4; Lucas 2:26-30; 10:22,23; 17:22; Jo 8:21,24,56; 14:9,19).
até que digais. Obviamente, há uma referência ao fato de que as palavras do Salmo 118:26 foram pronunciadas pela multidão poucos dias antes, em Sua entrada triunfal em Jerusalém. Só quando essas palavras fossem proferidas mais uma vez — não em uma explosão momentânea de excitação, não com Hosanas fingidos, mas em espírito e verdade — é que voltariam a olhar para Ele como olhavam agora. [Ellicott, 1905]
Bendito aquele que vem em nome do Senhor (compare com Mateus 21:9; Salmo 118:26; Isaías 40:9-11; Zacarias 12:10; Romanos 11:25; 2Coríntios 3:14).
Pois eu vos digo – e estas foram Suas últimas palavras à nação impenitente, veja em Marcos 13:1, abrindo observações.
(Marcos 12:38-40; Lucas 20:45-47)
<Introdução à Mateus 23
O cenário é o Templo. No primeiro plano estão Jesus e Seus discípulos; um pouco mais longe as multidões; ao fundo estão os fariseus desconcertados, que, em vez de atacar, agora são atacados. Cristo se dirige primeiro às multidões (Mateus 23:1-7), depois aos discípulos (Mateus 23:8-12), por fim aos escribas e fariseus (Mateus 23:13-36). [Dummelow, 1909]
Visão geral de Mateus
No evangelho de Mateus, Jesus traz o reino celestial de Deus à terra e, por meio da sua morte e ressurreição, convoca os seus discípulos a viverem um novo estilo de vida. Tenha uma visão geral deste Evangelho através deste breve vídeo (em duas partes) produzido pelo BibleProject.
Parte 1 (9 minutos).
Parte 2 (8 minutos).
Leia também uma introdução ao Evangelho de Mateus.
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles – agosto de 2020.