E o centurião, e os que com ele vigiavam Jesus, ao verem o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram muito medo, e disseram: Verdadeiramente ele era Filho de Deus.
Comentário de J. A. Broadus
O centurião romano, ou, como diríamos, capitão (veja em Mateus 8:5), e também seus soldados que conduziram a crucificação, foram convencidos de que Jesus era o que afirmava ser. Ao verem o terremoto e as coisas que haviam sucedido (aparentemente referindo-se à longa escuridão sobrenatural e, talvez, também ao aspecto e expressões do Salvador) tiveram muito medo. E com razão temeram; pois haviam participado na vergonhosa execução de alguém que, como agora estavam convencidos, não era um criminoso, impostor ou fanático, mas verdadeiramente o Filho de Deus. “Era,” porque sua vida havia chegado ao fim. Marcos tem a mesma expressão que Mateus. Lucas apresenta “Certamente este era um homem justo.” Se assim fosse, ele era o que afirmava ser e reivindicava ser o Filho de Deus. Assim, a diferença é apenas aparente, e, de fato, podemos supor que ele tenha usado ambas as expressões. O grego pode significar “um filho de Deus,” e alguns supõem que o centurião pagão pensou apenas em um entre muitos semideuses. No entanto, essa frase grega é frequentemente usada como definida, determinada pelo contexto, e aqui é fácil supor que ele tenha tomado emprestada a expressão dos judeus, entendendo-a no sentido deles, que era mais ou menos vago. (Compare com Mateus 26:63) [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.