E chegado o entardecer, veio um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus.
Comentário de J. A. Broadus
(57-61) O SEPULTAMENTO. Lutero comenta: “Com esta conclusão da história da paixão de nosso Senhor, vemos o que a morte de nosso querido Senhor Cristo realizou, tanto com seus amigos quanto com seus inimigos. Os inimigos tornam-se inquietos e temerosos, e evidentemente caem mais profundamente no pecado. Mas aqueles que amam o Senhor Cristo, embora sejam pessoas fracas e temerosas, são, ainda assim, consolados e confiantes pela morte de Cristo, e agora se atrevem a fazer o que antes não ousariam sequer pensar.” Vemos que o Pai, que parecia ter “abandonado” Cristo, está exercendo uma providência especial sobre sua morte e sepultamento, em referência à sua rápida ressurreição. Seus ossos não foram quebrados como os dos ladrões, nem seu corpo lançado em um túmulo público, mas, enquanto “contado entre os transgressores,” ele “foi com os ricos na sua morte” (Isaías 53:9-12); seu túmulo estava em um local notório, não ocupado por outro corpo, fechado com o selo do governo e guardado por soldados romanos.
E chegado o entardecer, próximo ao pôr do sol, que naquela época seria por volta das 18h.
um homem rico de Arimateia, um local não conhecido de outra forma. O nome parece ser formado a partir de Ramá, ‘lugar alto,’ Ramataim em forma dual, nome de várias cidades na Palestina. Lucas diz que era “uma cidade dos judeus”, o que provavelmente significa da Judeia. Eusébio e Jerônimo (“Onom.”) sustentavam que seria o Ramataim de 1Samuel 1:1, local de nascimento de Samuel, aparentemente a alguns quilômetros ao norte de Jerusalém; a Septuaginta chama esse lugar de Armathaim, e Josefo (“Ant.”, 5, 10, 2) de Armatha. O fato de José ser rico explica o fato de possuir terrenos próximos à cidade, e também aumenta a importância dos sinais de respeito que ele prestou a Jesus. Marcos e Lucas dizem que ele era “um conselheiro,” ou seja, membro do Sinédrio, e Lucas acrescenta “um homem bom e justo que não consentiu em seu conselho e ato.” João diz que “no lugar onde ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um túmulo novo.” José pode ter estado em seu jardim, que possivelmente ficava em uma encosta da colina onde as cruzes foram erguidas (veja em Mateus 27:32). Ao avistar o túmulo ainda não utilizado, ele decidiu o que fazer.
que também era discípulo de Jesus (compare com Mateus 5:1), João acrescentando “mas secretamente, por medo dos judeus.” Ele se tornou discípulo mais facilmente porque (segundo Marcos) “esperava o reino de Deus.” [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.