Noemi

Noemi, esposa de Elimeleque. O Livro de Rute relata que, durante uma fome, Elimeleque, de Efrata ou Belém, sua esposa e seus dois filhos se mudaram para a terra de Moabe. Elimeleque morreu lá. Seus dois filhos se casaram com mulheres moabitas e também morreram, deixando Noemi com suas duas noras, Orfa e Rute. Com o fim da fome, Noemi decidiu retornar à sua terra. Ela se despediu de suas duas noras e as incentivou a voltar para suas mães para que pudessem se casar novamente. Orfa obedeceu, mas Rute, apesar de todas as insistências, não quis se separar de sua sogra. Ambas retornaram a Belém. As mulheres da cidade, ao vê-la novamente, diziam: “Não é Noemi?”. Ela respondia: “Não me chamem de Noemi”, que significa ‘agradável’, “mas me chamem de Mara”, que significa ‘amargura’, “pois o Todo-Poderoso me encheu de amargura.” (Rute 1:1-21).

Rute e Noemi, por Jean Baptiste Auguste Leloir (1809 - 1892)
Rute e Noemi, por Jean Baptiste Auguste Leloir (1809 – 1892)

Noemi teve um papel fundamental na vida de Rute. Sua nora foi colher espigas no campo de um homem rico chamado Boaz, que também era parente de Elimeleque. Quando a colheita terminou, Noemi, seguindo os costumes da época e da região, instruiu Rute a se arrumar, ir até o lugar onde Boaz estava dormindo e se deitar aos seus pés. Isso naturalmente levou a explicações. Rute apelou para o costume do levirato, que dava a Boaz o direito de se casar com ela. Um parente mais próximo renunciou a esse direito, e Boaz casou-se com Rute. Quando Rute teve um filho chamado Obede, que se tornou o bisavô de Davi, as mulheres de Belém parabenizaram Noemi. Ela cuidou da criança com amor e dedicação como se fosse seu próprio filho. (Rute 2:1-4:16). [H. Lesetre, Vigouroux, 1912]