E fizeram os filhos de Israel conforme todas as coisas que o SENHOR mandou a Moisés; assim assentaram o acampamento por suas bandeiras, e assim marcharam cada um por suas famílias, segundo as casas de seus pais.
Comentário de Rayner Winterbotham
O Targum da Palestina (que incorpora o aprendizado tradicional dos judeus palestinos do século XVII) diz que o campo cobria um espaço de doze milhas quadradas. Escritores modernos, a partir de algumas medidas dos acampamentos romanos dadas por Políbio, calculam o espaço necessário em três ou três milhas e meia quadradas. Isso exigiria a mais estrita disciplina e economia de espaço, e não prevê os animais; mas supondo que as mulheres e as crianças estivessem bem comprimidas, poderia ser suficiente. É, no entanto, evidente que haveria muito poucos lugares no deserto, se houver, onde mais de três milhas quadradas de terreno razoavelmente plano poderiam ser encontrados. Nas planícies de Moabe o espaço desejado talvez tenha sido encontrado, mas dificilmente em qualquer lugar do deserto de Parã. Devemos concluir, portanto, que essa ordem de acampamento era uma ordem ideal, bela mesmo em razão de sua regularidade e igualdade irrepreensíveis, mas apenas para ser alcançada na prática conforme as circunstâncias o permitissem, mais ou menos. De fato, que a simetria quadrangular do acampamento tinha um significado ideal e um significado mais real, porque mais permanentemente, importante do que sua real realização na época, é evidente por sua recorrência repetidas vezes nos escritos apocalípticos (ver Ezequiel 48:20, e especialmente Apocalipse 21:16). É impossível deixar de ver que a descrição da Sião celestial é a de uma cidade, mas de uma cidade modelada segundo o padrão do acampamento no deserto. Aqui está um daqueles casos em que o significado espiritual de uma ordem é de tal importância que pouco importa se ela pode ser literalmente cumprida ou não. [Winterbotham, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.