Comentário Cambridge
de Salomão. Isto não significa que Salomão foi o autor de todo o Livro, pois partes dele são claramente atribuídas a outros autores (Provérbios 24:23; 30:1; 31:1), mas que a maior parte provém dele, e que ele é reconhecido como o pai deste tipo de literatura hebraica. [Cambridge, 1899]
Comentário Ellicott
O escritor neste e nos seguintes versos reúne sinônimos com os quais ressalta o vasto propósito da instrução que ele oferece.
sabedoria. O significado original desta palavra é “firmeza”, “solidez”, ter uma opinião baseada em boas razões; o estado de espírito oposto a ser “levado por todo vento de doutrina” (Efésios 4:14).
instrução. Ou melhor, a disciplina, o conhecimento de como se manter sob controle. (2Pedro 1:6: acrescente“ao conhecimento o domínio próprio” (NVI), ou auto-controle).
para entender as palavras da prudência. Compare com Hebreus 5:14: “têm os sentidos treinados para discernirem tanto o bem como o mal” (veja também Filipenses 1:10). A condição oposta a esta é ter o coração “engordado” pela permanência no mal, de forma que ele não pode mais entender. [Ellicott, 1905]
Comentário Ellicott
obter a instrução do entendimento. Receber ou apropriar-se da “disciplina” que resulta em “prudência” (haskēl) ou sabedoria prática; assim Davi “portou-se prudentemente” (1Samuel 18:5). [Ellicott, 1905]
Comentário Ellicott
aos jovens. O termo hebraico é usado para qualquer idade, desde o nascimento até o vigésimo ano. [Ellicott, 1905]
Comentário de A. R. Fausset
O sábio ouvirá, e crescerá em conhecimento. Provérbios 9:9. A verdadeira sabedoria nunca é estacionária, mas sempre progressiva. “Quem não acrescenta, desperdiça; quem não aumenta o conhecimento, perde-o” (Rabi Hilel). Estes provérbios não se dirigem apenas aos “simples” (Provérbios 1:4), mas também aos “sábios”, se estiverem dispostos a ouvir, ou melhor, a obedecer; porque esta parte da filosofia consiste em agir, na qual é mais instruído quem mais obedece (Bayne); compare com João 8:47. Quanto mais sábio, mais pronto será para ouvir, mais tardio será para falar (Tiago 1:19). [JFU, 1866]
Segundo a NVI, “para compreender provérbios e parábolas, ditados e enigmas dos sábios”.
seus enigmas. Compare com Salmo 49:4; João 16:25.
Comentário de A. R. Fausset
O temor do SENHOR é o princípio (fundamento) da verdadeira piedade (compare com Provérbios 2:5; 14:26-27; Jó 28:28; Salmo 34:11; 111:10; Atos 9:31).
tolos. Os insensíveis e indiferentes ao caráter e governo de Deus. [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]
Comentário de A. R. Fausset
Mesmo pais ruins geralmente instruem seus filhos a fazer o que é certo. Mas aqui refere-se principalmente a bons pais. Depois da Primeira Tábua da Lei, que ensina “o temor do Senhor”, Salomão submete a obediência aos conselhos dos pais, o mandamento que está em primeiro lugar na Segunda Tábua. A piedade para com os pais vem a seguir, depois da piedade para com Deus. A melhor forma de instrução para qualquer um é que receba a formação dos seus pais desde a infância. Os pais devem orar como fez Manoá: “como devemos criar o menino? O que ele deverá fazer?” (Juízes 13:12, NVI). É bom que as crianças ouçam os conselhos de seus pais, tanto por causa do amor dos pais, como também por causa do maior conhecimento dos pais em razão dos anos. Mas “os filhos devem obedecer aos pais” somente “no Senhor” – ou seja, somente enquanto a palavra do pai terreno não for contrária à do nosso Pai celestial. A “mãe” em particular tem uma poderosa influência na formação do caráter da criança, seja para o bem ou para o mal. Por esse motivo, o nome da mãe é indicado nas histórias dos reis do Antigo Testamento: veja também (Lois e Eunice) 2Timóteo 1:5; 3:14-15: (mãe de Lemuel) Provérbios 31:1. [JFU, 1866]
Comentário Whedon
Ou seja, esta reverência e obediência aos seus pais será o seu mais elevado e honroso ornamento, melhor do que qualquer roupa ou acessório distinto que os jovens gostam tanto. Compare Provérbios 3:3; 6:21; 4:9; Gênesis 41:42; Daniel 5:29; Cânticos 4:9. As correntes usadas no pescoço eram um ornamento comum tanto para homens quanto para mulheres. Assim, se diz que o Faraó colocou uma corrente de ouro no pescoço de José (Gênesis 41:42), e Belsazar fez o mesmo com Daniel (Daniel 5:29). Eles são mencionados como parte do despojo dos midianitas (Números 31:50). Em alguns casos eles eram emblemas de honra ou de cargo. [Whedon, 1874]
Comentário Barnes
O primeiro grande perigo que afeta os simples e os jovens é o da má companhia. A única segurança está em dizer “não” a todos esses convites. [Barnes, 1870]
Assassinato e roubo são dados como ilustrações específicas.
Comentário de A. R. Fausset
Ou seja, destruir totalmente a vítima e os vestígios do crime. Eles involuntariamente usam uma linguagem terrivelmente significativa do seu próprio castigo, como o de Corá e sua companhia (Números 16:33; Salmo 55:15). “Sanguessuga” expressa sua insaciável ganância, como a da sepultura (Provérbios 30:15-16). [JFU, 1866]
de despojos (“com o que roubamos”, NVI).
Comentário de A. R. Fausset
Ou seja, Você terá sua parte por sorteio na divisão do igualitária do saque. Todos nós teremos uma bolsa e parcela em comum. Os hebreus tinham um provérbio aliterante, Bekis, Bekos, Bekahas – isto é, na bolsa, nos copos, na raiva, o verdadeiro caráter do homem trai a si mesmo. [JFU, 1866]
Ou seja, Não tenha nada a ver com eles.
Comentário Cambridge
Este verso ocorre novamente em Isaías 59:7, onde, no entanto, tem sangue “inocente”. [Cambridge, 1899]
Comentário Ellicott
A segunda razão: a loucura deles em fazer isso, pois Deus os castigará; “os seus pés ficaram presos no laço que esconderam” (Salmo 9:15, NVI). Até as aves são mais sábias do que eles. É inútil estender uma rede na vista delas. [Ellicott, 1905]
Comentário Ellicott
Porém estes estão esperando. Contudo não percebem que na verdade estão esperando, não pelo inocente, mas por si mesmos, pois Deus o libertará e trará sobre a cabeça deles a maldade que lhe planejaram. [Ellicott, 1905]
ela tomará a alma daqueles que a tem. A ganância é a destruição daqueles que estão possuídos por ela.
Comentário Cambridge
Há talvez um contraste intencional entre a sedução secreta dos pecadores (Provérbios 1:10) e o chamado aberto da Sabedoria. [Cambridge, 1899]
Ela clama nas encruzilhadas (“nas esquinas das ruas barulhentas”, NVI).
Aqui há uma gradação (tolos, zombadores, loucos) como em Salmo 1:1.
Pelo meu Espírito, farei com que compreendas a minha palavra.
Comentário Ellicott
Tendo o chamado da sabedoria sido rejeitado, ela agora muda seu tom de “misericórdia” para “julgamento” (Salmo 101:1). (Comp. Romanos 10:21: “Todo o dia estendi as minhas mãos”, &c.). [Ellicott, 1905]
Comentário de A. R. Fausset
Como “os fariseus e mestres da lei [que] rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos” (Lucas 7:30). Quer eu tenha dado conselho para fazer o bem, ou repreensão para evitar o mal (Provérbios 4:15), vocês rejeitaram meus apelos (Provérbios 1:25; 15:32). [JFU, 1866]
Comentário Whedon
eu rirei. Ristes das minhas declarações e zombastes das minhas palavras; quando chegar a vossa desgraça, eu também vou rir de vós e zombar dos vossos medos. [Whedon, 1874]
Comentário Barnes
Tempestade e ventania representam muito bem o repentino julgamento de Deus que cairá sobre aqueles que não o buscam. Compare com Mateus 24:29, em diante; Lucas 17:24. [Barnes, 1870]
de madrugada me buscarão. Ou melhor, com seriedade e urgência.
Observe que o conhecimento e o temer ao SENHOR estão intimamente relacionados. Compare com Provérbios 1:7.
Segundo a versão NVI, “não quiseram aceitar o meu conselho e fizeram pouco caso da minha advertência,”.
Comentário Cambridge
comerão do fruto do seu próprio caminho. Tal como eles semeiam, assim colherão, de acordo com a lei eterna da justiça. Veja também Gálatas 6:7-8. [Cambridge, 1899]
a confiança (“impressão de bem-estar”, JFA; “falsa segurança”, NVI) dos loucos os destruirá.
Comentário de Joseph Benson
Porém aquele que me ouvir (aquele que ouvir aos conselhos e instruções da sabedoria, e ser orientado por eles) habitará em segurança, e estará tranquilo do temor do mal. [Benson, 1854]
Introdução à Provérbios 1
Em Provérbios 1, o autor paternalmente chama a atenção para as instruções deste livro e adverte seus leitores contra as seduções dos ímpios. Numa bela personificação, a sabedoria é então introduzida da forma mais solene e impressionante, convidando publicamente os homens a receberem seus ensinamentos, advertindo aqueles que a rejeitam e encorajando aqueles que aceitam as instruções proferidas. [JFU, 1866]
Visão geral de Provérbios
“O livro de Provérbios convida as pessoas a viverem com sabedoria e temor ao Senhor a fim de experimentarem a boa vida”. Tenha uma visão geral deste livro através de um breve vídeo produzido pelo BibleProject. (8 minutos)
Leia também uma introdução ao livro dos Provérbios.
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles – fevereiro de 2018.