e trocaram a glória de Deus indestrutível por semelhança de imagem do ser humano destrutível, e de aves, de quadrúpedes, e de répteis.
Comentário de David Brown
e trocaram a glória de Deus indestrutível por semelhança de imagem do ser humano destrutível – ou seja, trocaram uma pela outra. A expressão é tomada do Salmo 106:20, (nas palavras da Septuaginta) “Eles trocaram Deus pelo homem” – o incorruptível pelo corruptível; de fato, Aquele que é a essência e fonte de tudo o que é glorioso por uma mera imagem inanimada, moldada à semelhança do homem perecível. A alusão aqui é, sem dúvida, ao culto grego, e o apóstolo pode ter em mente as esculturas da forma humana que estavam tão profusamente à sua volta enquanto ele se encontrava no Areópago e “observava suas devoções,” ou ‘os objetos de sua adoração’ (veja Atos 17:29). Mas, como se isso não fosse uma degradação suficiente do Deus vivo, foi encontrado ainda um ‘fundo mais profundo’.
e de aves, de quadrúpedes, e de répteis – referindo-se agora ao culto egípcio e oriental. Apesar destas declarações claras sobre a decadência da crença religiosa do homem, de conceitos elevados para ideias cada vez mais baixas e degradantes sobre o Ser Supremo, há intérpretes desta mesma Epístola (como Reiche e Jowett) que, sem acreditar em uma Queda a partir da inocência original, nem nos nobres vestígios dessa inocência que permaneceram mesmo após a queda e foram obliterados gradualmente pela violência voluntária contra a consciência, defendem que a história religiosa da humanidade foi, desde o princípio, uma luta para se elevar, partindo das formas mais primitivas de adoração da natureza, adequadas à infância da nossa raça, rumo ao que é mais racional e espiritual. [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.