Portanto, agora que somos justificados pela fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo.
Comentário de David Brown
Se quisermos ser guiados pela autoridade manuscrita, a verdadeira tradução aqui, sem dúvida, é: “tenhamos paz”; uma interpretação, no entanto, que a maioria rejeita, porque eles acham não natural exortar as pessoas a terem o que pertence a Deus dar, porque o apóstolo não está aqui dando exortações, mas fazendo declarações de fatos. Mas como nos parece arriscado deixar de lado o testemunho decisivo dos manuscritos, quanto ao que o apóstolo escreveu, em favor do que pensamos que deveria ter escrito, vamos fazer uma pausa e perguntar – se é privilégio dos justificados “ter paz com Deus”, por que o apóstolo não poderia começar sua enumeração dos frutos da justificação, chamando os crentes a “realizar” essa paz como lhes pertencia, ou apreciar a alegre consciência dela como se fosse sua? E se foi isto que ele fez, não seria necessário continuar no mesmo estilo, e os outros frutos da justificação poderiam ser estabelecidos, simplesmente como questões de fato. Esta “paz” é primeiro uma mudança na relação de Deus conosco; e em seguida, como consequência disto, uma mudança de nossa parte em relação a Ele. Deus, por um lado, “nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo” (2Coríntios 5:18); e nós, por outro lado, colocamos nosso selo para isso, “estamos reconciliados com Deus” (2Coríntios 5:20). A “propiciação” é o ponto de encontro; aí a controvérsia de ambos os lados termina em uma honrosa e eterna “paz”. [Brown, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.