(Ao mestre de canto. Salmo de Davi) O tolo diz em seu coração: ‘Não há Deus’. Eles têm se pervertido, fazem obras abomináveis; não há quem faça o bem.
O tolo. Uma classe de homens, não um indivíduo em particular. A palavra nâbâl aqui usada para “tolo” (ou “insensato”) significa perversidade moral, não mera ignorância ou raciocínio fraco. Tolice é o oposto de sabedoria em seu sentido mais elevado. Pode ser atribuída ao esquecimento de Deus ou oposição ímpia à Sua vontade (Deuteronômio 32:6,21; Jó 2:10; 42:8; Salmo 74:1822), à ofensas graves contra moralidade (2Samuel 13:12-13), ao sacrilégio (Josué 7:15), à falta de cortesia (1Samuel 25:25).
diz em seu coração: ‘Não há Deus’ (compare com Salmo 10:4). Isso dificilmente deve ser entendido como uma negação especulativa da existência de Deus; mas sim de uma descrença prática no Seu governo moral. Compare com Salmo 73:11; Jeremias 5:12; Sofonias 1:12; Romanos 1:28 em diante.
Eles têm se pervertido, fazem obras abomináveis; não há quem faça o bem. A humanidade em geral é o sujeito da frase. Abandonando a fé em Deus, as pessoas depravaram sua natureza e se entregaram a práticas que Deus abomina (Salmo 14:6). “Pervertido” descreve a auto-degradação de seus melhores qualidades; abominável descreve o caráter de sua conduta aos olhos de Deus. Essa era a condição do mundo antes do Dilúvio. Veja Gênesis 6:11-12; e com a última linha deste versículo, compare com Gênesis 6:5. [Kirkpatrick, 1906]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.