Textus Receptus

Textus Receptus (texto recebido ou aceito) é o nome dado a série de publicações de textos do Novo Testamento em grego. Ele foi a base para a tradução da Bíblia de Lutero, da Bíblia King James e da tradução do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida.

História

A primeira publicação do primeiro Novo Testamento em grego aconteceu em 1516 por Erasmo de Roterdã. Esta edição utilizou como base manuscritos bizantinos. Erasmo publicou ainda mais três edições do Novo Testamento, em 1519, 1522 e 1535.

Roberto Estéfano (1503-1559), um impressor de Paris, publicou quatro edições do Novo Testamento em grego, em 1546, 1549, 1550 e 1551. A terceira edição (1550) utilizou como base a edição de 1535 de Erasmo e foi a primeira a contar com um aparato crítico de quinze manuscritos.

A terceira e importante edição de Estéfano foi usada por Teodoro Beza (1519-1605) para publicou nove edições do Novo Testamento em grego entre 1565 e 1604. Como aparato crítico, Beza utilizou o Códice claromontano e o Códice Beza, que por serem diferentes dos textos de Erasmo, foram pouco usados.

A origem do termo Textus Receptus veio do prefácio da edição do Novo Testamento em grego de 1633 produzida por Bonaventura e Abraão Elzevir, sócios de uma empresa de impressão em Leiden. O prefácio, em latim, diz o seguinte: Textum ergo habes, nunc ab omnibus receptum: in quo nihil immutatum aut corruptum damus, que é traduzido como, “Tens, portanto, o texto agora recebido por todos, no qual nada oferecemos de alterado ou corrupto“. As duas palavras textum e receptum foram modificadas para textus receptus. Ao longo do tempo, este termo foi aplicado as edições anteriores do Novo Testamento de Erasmo que serviu como base para as versões subsequentes.

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Adaptado de: Wikipedia Referências: Introdução Bíblica (cap. O desenvolvimento da Crítica Textual)